Usina deveria ter entrado em ação na terça-feira (15).
Valor Online
A retomada da operação comercial da usina termelétrica de Uruguaiana, no Rio Grande do Sul, atrasou por falta de gás. Ela deveria ter voltado a funcionar na terça-feira (15), conforme a expectativa da AES Brasil, empresa responsável pela térmica. O Ministério de Minas e Energia falava em reativá-la em “meados de janeiro”.
Desligada há quase quatro anos, devido à suspensão no envio de gás pela Argentina, a usina foi acionada em caráter emergencial, pelo ministério, devido à queda do volume de água nos reservatórios. A justificativa oficial foi de que ela reforçará o abastecimento na região do Sul.
De acordo com a AES, os equipamentos estão prontos para voltar a operar, mas a distribuidora gaúcha Sulgás ainda não retomou o fornecimento de gás para a usina. A AES informou que precisa de “um ou dois dias” para fazer testes com o combustível. Depois disso, por questões técnicas, é necessário aguardar mais uma semana para reiniciar a operação comercial.
A Sulgás informou que não pode dar uma previsão sobre o fornecimento à AES porque o gás virá da Argentina e ainda não entrou em sua rede de gasodutos. A distribuidora lembrou que a Petrobras descarregará gás natural liquefeito (GNL) em um porto argentino e o insumo entrará na malha de dutos do país vizinho, até chegar ao Rio Grande do Sul. Essa operação está sendo coordenada pelo Ministério de Minas e Energia. Procurados pelo 'Valor PRO', o ministério e a Petrobras ainda não informaram o motivo do atraso.
Em um primeiro momento, a usina vai consumir 1,2 milhão de metros cúbicos/dia de gás natural para mover uma de suas três turbinas, produzindo 164 megawatts (MW). Em março, terá condições de operar com plena capacidade, com duas unidades a gás e uma a vapor, totalizando 494 MW. Sua potência instalada é de 639 MW. A diferença em relação à capacidade nominal se deve às condições de oferta, temperatura e pressão do gás.
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