A alemã Schulz, líder no suprimento de conexões tubulares, tubulações de aço inoxidável e cobre-níquel, anunciou hoje na Brasil Offshore, a construção de uma forjaria em Campos, no Rio de Janeiro. A unidade será responsável pela confecção de componentes especiais e flanges para atender as demandas do downstream e do pré-sal.
O empreendimento, que será realizado em parceria com o grupo alemão W. Maass, especializado em forjarias para os setores de óleo e gás, terá investimento de R$60 milhões. As obras serão iniciadas até o final de junho e a primeira fase deve ser inaugurada até o final deste ano ainda.
De acordo com o presidente da empresa para a América Latina, Marcelo Bueno, na primeira fase da forjaria, a empresa já poderá realizar todas as etapas do acabamento de produtos. "Receberemos a matéria-prima do W.Maass e faremos o acabamento em Campos", explica. Segundo ele, a instalação da segunda fase será inicada em março de 2012 e deve estar concluída até o final de 2012. A forjaria terá capacidade de 200 toneladas/ mês.
Apesar da Schulz já possuir três unidades industriais em operação em Campos, uma fábrica de tubos com costura, outra de conexões tubulares e uma unidade de conexões forjadas, o presidente da empresa para a América Latina, informa que a Schulz não conseguirá atender ainda a atual demanda do setor. Com isso, o executivo diz que a empresa também pretende fabricar produtos ou soluções para desenvolver o mercado de upstream.
"Basicamente são tubulações especiais, flagues, materiais de alta resistência à corrosão para risers, flowlines e demandas crescentes do pré-sal que trazem desafios tecnológicos para os equipamentos muito grande", informa.
Para isso, Bueno diz que muito provavelmente a empresa deve abrir ainda mais uma unidade para receber essa divisão offshore/subsea. "O espaço que nós temos hoje de área de galpões não dá para atender esta nova demanda, devemos construir uma outra fábrica ainda. Se o Brasil manter o atual ritmo de crescimento, construiremos daqui há dois anos mais ou menos", conta Bueno.
O executivo explica que com a segunda fase concluída, a empresa poderá realizar toda a confecção dos componentes e flanges no Rio de Janeiro, muito próximo aos principais mercados. "Ou seja, os materiais que são hoje fabricados na Alemanha serão 100% fabricados em Campos. Logo, reduziremos o custo e aumentaremos a disponibilidade de materiais, reduzindo prazos de entrega. Agora tudo que importávamos de fora, compramos no Brasil e isso estimula a cadeia produtiva do país e o conteúdo local. Com isso, reduzimos importações e contribuimos para que o conteúdo nacional saia do discurso político e vá para a prática", pontua.