VI Seminário Internacional sobre Energia Nuclear

Rosatom chega ao Brasil e oferece parceria estratégica para o país

Empresa russa acaba de abrir escritório no Brasil.

Redação / Assessoria
22/06/2015 18:40
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A Rosatom está interessada em uma parceria estratégica com o Brasil e está pronta para oferecer as propostas mais vantajosas para esta cooperação. A afirmação foi feita por representantes da Rosatom, durante o VI Seminário Internacional sobre Energia Nuclear (SIEN). Sua subsidiária, a "Rusatom - International Network" acaba de abrir seu escritório no país e seu vice-presidente, Ivan Dybov, destacou que hoje a Rosatom é a única companhia que oferece uma gama completa de serviços na indústria nuclear, desde a mineração e enriquecimento do urânio, até a construção de usinas nucleares e infra-estrutura para manutenção, bem como o desmantelamento das mesmas.

Com uma carteira de encomendas externas superior a US$ 100 bilhões, mais de 360 empresas e 260 mil empregados, a Rosatom hoje investe cerca de 1 milhão de euros por dia em P,D&I. Com 29 projetos em andamento no exterior, a corporação ocupa o primeiro lugar no mundo em construção simultânea de usinas nucleares. "Estamos prontos para cooperar com a América Latina e o Brasil, em particular, para oferecer uma ampla gama de soluções. Além da construção e da infraestrutura para instalar uma central nuclear, nós também podemos colaborar em outros setores, como é o caso da medicina nuclear e do uso de tecnologias de radiação na agricultura. Há também grandes perspectivas de cooperação na criação e gestão de sistemas de dessalinização e sistemas de tratamento de água baseado na tecnologia de radiação”, afirmou Dybov. Ele enfatizou que Rosatom fornece soluções flexíveis de financiamento, de acordo com a necessidade do cliente, além de oferecer uma parceria diferenciada: essa cooperação também permite que as empresas brasileiras ganhem experiência na medida em que podem se tornar parceiras de projetos da Rosatom no exterior.

As oportunidades de redução de custos na construção de usinas nucleares também foram destacadas no SIEN pelo chefe do Departamento de Economia dos contratos de "Rusatom Overseas", Alexei Altynov. Em sua apresentação, o executivo ressaltou que a gestão de custos não é restrita à construção de uma usina, mas também refere-se ao valor competitivo da energia em si. "Cada vez mais, o cliente quer saber do custo da energia. É por isso que a questão da garantia do preço vem à tona, uma vez que este valor é crítico tanto para as indústrias, como para os cidadãos”, disse.

Altynov mostrou como Rosatom reduz custos e consegue ser competitiva no mercado mundial. "Durante a construção de usinas de energia nuclear, há três pontos-chave que dão uma vantagem a Rosatom: construção em série, a escala de construção e localização”, afirmou. Como exemplo ele citou a terceira unidade da usina de Rostov, que começou a operar em 2014, antes do previsto, reduzindo os custos da obra em cerca de 10%.

Além disso, uma condição importante para a redução do custo é a escala do programa de desenvolvimento de energia nuclear. Por exemplo, durante a construção da segunda unidade, seu custo será reduzido a 15% quando comparado com a primeira unidade de alimentação. "Assim, se construir seis unidades em sequência, a sexta unidade custará cerca de 23% a menos do que a primeira. Portanto, a realização de um programa de construção em grande escala permite trazer mais benefícios para a economia de um país", acrescentou Alexey Altynov.

A VI edição do SIEN reuniu representantes das principais empresas  do setor, bem como instituições governamentais e universidades. O evento abordou relevantes discussões sobre o programa nuclear brasileiro, questões de segurança, entre outras.

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