Acidente

Rio de Janeiro tem novo vazamento de óleo

O FPSO Cidade de São Paulo, da empresa Modec, liberou cerca de 10 mil litros de óleo no mar, na região que fica entre Ilha Grande e Paraty, no Sul Fluminense. A embarcação, que chegou recentemente da China, seguia para o estaleiro Brasfels, em Angra dos Reis, para ser adaptado e transformado em

Redação
19/12/2011 14:50
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Na última sexta-feira (16) o FPSO Cidade de São Paulo, da empresa Modec, liberou cerca de 10 mil litros de óleo no mar, na região que fica entre Ilha Grande e Paraty, no Sul Fluminense. A embarcação, que chegou recentemente da China, seguia para o estaleiro Brasfels, em Angra dos Reis, para ser adaptado e transformado em navio-plataforma para operar em atividades de extração de petróleo na Bacia de Campos, na camada do pré-sal.

De acordo com técnicos da empresa, o vazamento aconteceu durante a retirada de água dos porões, operação praticada para que o navio fique mais leve e possa atracar. Não se sabe ainda por que o óleo vazou.

De acordo com o Instituto Estadual do Ambiente (Inea), o vazamento foi controlado no sábado (17), após operação que envolveu nove embarcações. Apesar disto, ainda estão sendo feitos trabalhos de dispersão mecânica por meio de jatos d'água, para reduzir ao máximo o que restou da mancha.

Ainda no sábado, o orgão estadual estimou uma multa no valor inicial de R$ 10 milhões contra a Modec, mas caso seja confirmado que o óleo encontrado na Praia do Bonfim seja proveniente do navio, a empresa receberá uma multa ainda maior. O Inea aguarda o relatório da Capitania dos Portos sobre as causas do acidente e o volume vazado para definir o valor final da multa.

O secretário estadual do Ambiente, Carlos Minc, informou no domingo que a Modec “foi instada” a limpar imediatamente as áreas da praia e costão da Praia do Bonfim. A empresa atendeu a solicitação do governo, mesmo sem o laudo do Centro de Pesquisas e Desenvolvimento Leopoldo Américo Miguez (Cenpes), que coletou uma amostra do material para analisar se é do navio.

O delegado Fábio Scliar, responsável pela Delegacia de Meio de Ambiente e Patrimônio Histórico, da Polícia Federal (Delemaph), acompanhou o sobrevoo feito com a presidente do Inea, Marilene Ramos. Ele afirmou que não instaurou um inquérito para investigar o vazamento, já que ainda depende dos laudos da Petrobras. “É preciso estabelecer o nexo de causalidade. É preciso saber se a mancha é proveniente do navio mesmo. No decorrer do caso, pode ser que tripulantes do navio sejam intimados a prestar depoimento, para que eu saiba a versão deles para o fato”, explicou o delegado.


APA na Ilha Grande

Após o episódio, Carlos Minc ressaltou a importância da criação da Área de Proteção Ambiental marinha da Baía da Ilha Grande, com regras mais fortes de fiscalização e de controle das atividades econômicas na região. A expectativa do secretário é que o decreto estadual criando a área de proteção seja assinado até o final de janeiro de 2012.

“Não queremos engessar a economia da região, mas o crescimento de algumas atividades, como a do petróleo, não pode inviabilizar outras atividades importantes, como o turismo e a pesca, e a preservação de espécies marinhas, como a dos golfinhos”, falou o secretário.
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