Tecnologia

Reúso de gás carbônico para substituir o petróleo

Um grupo de químicos norte-americanos está desenvolvendo um sistema revolucionário de produção de energia. Trata-se de uma tecnologia que permite utilizar o gás carbônico gerado em processos industriais para substituir o petróleo na produção de diesel, metanol e outros combustíveis.

Redação/ Agências
26/05/2011 13:02
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Um grupo de químicos norte-americanos está desenvolvendo um sistema revolucionário de produção de energia. Trata-se de uma tecnologia que permite utilizar o gás carbônico gerado em processos industriais para substituir o petróleo na produção de diesel, metanol e outros combustíveis.


“É um projeto fantástico, em que realizamos, de forma controlada, uma reação química similar à fotossíntese”, conta a cientista Nancy Jackson, do Sandia Laboratories, dos EUA, empresa responsável pelo projeto.


Em linhas gerais, a ideia é aquecer o CO2 com luz do sol (a temperaturas entre 800oC e 1300oC) até um átomo de oxigênio se desprender. A reação química gera o monóxido de carbono (CO), uma molécula muito energética, que está presente no petróleo. “A partir daí, basta estocarmos essa energia em forma de CO em um fluido e teremos o combustível”, explica a cientista.


Nancy, que também preside a Sociedade Norte-Americana de Química (ACS) estima que serão necessários de oito a dez anos para que o projeto chegue ao mercado. “Ainda precisamos encontrar o material metálico ideal para construir o reator e obter eficiência energética no processo. Estamos na transição da fase de pesquisa para a de desenvolvimento do produto”, afirma Nancy.


Ela esteve no Brasil esta semana para a 34ª. Reunião Anual da Sociedade Brasileira de Química (SBQ), que termina nesta quinta-feira (26), em Florianópolis. O evento, que celebra o Ano Internacional da Química, reúne mais de 4,5 mil químicos, pesquisadores e professores, e celebrou o Ano Internacional da Química.


O professor Adriano Andricopulo, secretário-geral da SBQ, destaca a importância do projeto de conversão de CO2 em combustível. “Ele aborda dois dos maiores desafios que a humanidade enfrenta no século XXI: a segurança energética e as mudanças climáticas”, diz.


AIQ: Realizado no Brasil pela Associação Brasileira da Indústria Química (Abiquim), pela Sociedade Brasileira de Química (SBQ), pelo sistema Conselho Federal de Química/Conselhos Regionais de Química (CFQ e CRQs), e pelo Instituto de Química da USP, o Ano Internacional da Química (AIQ) tem como responsáveis pela coordenação internacional de suas atividades a Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura (Unesco) e a União Internacional de Química Pura e Aplicada (IUPAC). As instituições e os órgãos públicos que apoiam a iniciativa são: Ministério de Ciência e Tecnologia, Ministério da Educação, Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq) e Sindicato dos Químicos, Químicos Industriais e Engenheiros Químicos do Estado de São Paulo (Sinquisp). O AIQ conta com o patrocínio das empresas BASF, Bayer, Braskem, Clariant, Dow, Elekeiroz, Evonik, Innova, LANXESS, Oxiteno, Rhodia, Solvay, Unigel e White Martins.
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