Jornal do Commercio
A empresa petrolífera hispano-argentina Repsol YPF expressou ontem preocupação pela possibilidade de que a nova legislação sobre o gás, derivada do referendo aprovado no domingo na Bolívia, seja de confisco, informaram à fontes da companhia. A empresa manifestou também sua inquietação pelo anúncio feito pelo presidente boliviano, Carlos Mesa, de que o país exportará gás natural para outros continentes por porto no Peru, se o Chile não atender sua exigência por saída soberana ao Pacifico.
O representante da Repsol YPF na Bolívia, Julio Gavito, manifestou, no entanto, sua satisfação pelo desenvolvimento da consulta popular e pela determinação adotada pelos cidadãos de exportar as reservas de gás do país. A Bolívia tem as segundas maiores reservas de gás em volume da América do Sul, atrás apenas da Venezuela.
Gavito ressaltou que o Governo se sentirá mais forte, tanto interna como externamente, depois do respaldo dado pela população ao plano para o setor energético proposto por Mesa. As cinco perguntas da consulta foram respondidas positivamente em porcentagens entre 62% e 91%, segundo os quase 70% dos votos apurados. Minha preocupação é que essa nova Lei de Hidrocarbonetos seja de confisco, advertiu Gavito.
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