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Repsol triplicou seu lucro líquido alcançando 4,693 bilhões de euros

A Repsol obteve em 2010 um lucro líquido de 4,693 bilhões de euros, frente aos 1,559 bilhão do exercício anterior. Sem considerar os resultados extraordinários, o lucro líquido recorrente da Repsol melhorou 54,9%, alcançando os 2,360 bilhões de euros.

Redação
24/02/2011 17:24
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A Repsol informou hoje que obteve em 2010 um lucro líquido de 4,693 bilhões de euros, frente aos 1,559 bilhão do exercício anterior. Sem considerar os resultados extraordinários, o lucro líquido recorrente da Repsol melhorou 54,9%, alcançando os 2,360 bilhões de euros.


O crescimento dos resultados da empresa em 2010 se explica, fundamentalmente, pelo bom andamento da atividade ordinária da companhia, ao qual se somou, no último trimestre do ano, o resultado da ampliação de capital da Repsol Brasil.
 
 
“Alcançamos objetivos estratégicos fundamentais e avançamos de forma decisiva nos projetos-chave estabelecidos em nosso Horizonte 2014. Além disso, nossa taxa de recuperação de reservas já supera 100%”, apontou o presidente da empresa, Antonio Brufau.
 
 
Todos os negócios do grupo experimentaram crescimentos significativos nos resultados operacionais recorrentes: Upstream (+66,6%), Downstream (+45,5%), YPF (+106%) e Gas Natural Fenosa (+14%).


O resultado operacional recorrente da Repsol alcançou em 2010 os 5,213 bilhões de euros, 66,7% superior ao registrado no ano anterior, devido fundamentalmente aos maiores preços de realização do Upstream e ao aumento, de 3,2%, na produção.


Também contribuíram favoravelmente, a melhora da margem de refino da companhia, que praticamente duplicou no período, alcançando 2,5 dólares/barril, e a boa evolução da distribuição, assim como a recuperação das margens e dos volumes na área química.


A YPF elevou seu resultado operacional recorrente em 106%, alcançando 1,625 bilhão de euros, frente aos 789 obtidos em 2009, como consequência principalmente da crescente convergência dos preços locais com os internacionais.  


Aumento de 23,53% no dividendo


Na reunião realizada ontem, em Madri, o Conselho de Administração da Repsol concordou em convocar uma Junta Geral de Acionistas para o próximo 15 de abril, e  propor a distribuição de um dividendo complementar correspondente ao exercício 2010 de 0,525 euros por ação, que entraria em vigor a partir do dia 7 de julho de 2011.


Com a proposta, que deverá ser ratificada pela Junta Geral de Acionistas, o dividendo bruto total, correspondente a esse exercício, será de 1,05 euros por ação, o que supõe um aumento de 23,53% em relação ao abonado em 2009.


O importe total destinado ao pagamento do dividendo correspondente a 2010 subiria para 1,282 bilhão de euros.


Upstream: crescem as reservas e a produção


O resultado operacional recorrente da área de Upstream, no final de 2010, subiu para 1,473 bilhão de euros, 66,6% a mais do que no exercício anterior. O crescimento se explica pelos maiores preços de realização do petróleo e do gás, e pelo maior volume de produção, especialmente líquidos, da companhia.


 A produção em 2010 aumentou 3,2%, até atingir 344 mil de bep/dia, consolidando a tendência iniciada no início do exercício. O incremento deveu-se, principalmente, à entrada em produção do megacampo Shenzi (Estados Unidos) e ao aumento de cota na Líbia, assim como o início da operação do projeto Peru LNG.

Resulta especialmente significativo o aumento da taxa de recuperação de reservas, até 131%, o que confirma o sucesso da política de reposição de reservas implementada pela companhia nos últimos anos.


Também se destaca a melhora do mix de produção, no qual o peso  dos líquidos  aumentou de 40,2% para 42,3%. O preço de realização do petróleo da Repsol incrementou-se 26,7%, em linha com a subida de preço do Brent (28,8%) e do WTI (28,2%). Já o preço de realização do gás subiu 17,4%, superando notavelmente a alta do Henry Hub (10%).   

Os investimentos na área da Upstream subiram para 1,126 bilhão de euros, em linha com os do exercício anterior. O investimento destinado ao desenvolvimento de campos representou a metade do total e foi feito fundamentalmente em Trindade e Tobago, Bolívia, Brasil, Peru, Estados Unidos, Equador e Líbia; os investimentos na exploração foram destinados principalmente ao Brasil e aos Estados Unidos.


Dowstream: melhora das margens de refino e recuperação da química
 
 
O resultado operacional recorrente da área de Downstream (Refino, Distribuição, GLP, Química e outros) atingiu 1,475 bilhão de euros, 45,5% a mais do que em 2009. Excluindo o efeito patrimonial, o resultado foi de 977 milhões de euros, 51% superior aos 647 milhões de euros obtidos no exercício anterior.


O aumento é explicado, principalmente, pelo melhor comportamento da margem integrada de Downstream da empresa, que se mantém entre os mais competitivos da indústria, pela recuperação do negócio químico e o fortalecimento do negócio de distribuição.


O negócio químico consolidou claramente a recuperação de vendas e margens, fechando o ano com incremento nas vendas de produtos petroquímicos de 13,5%, frente aos valores de 2009.


Os investimentos da área de Downstream subiram para 1,613 bilhão de euros e foram destinados, fundamentalmente, para projetos de ampliação e conversão da refinaria de Cartagena e para a Unidade Redutora de Combustível da refinaria de Petronor, em Bilbao.


O dois projetos-chave na estratégia da área de Downstream entrarão em operação durante o atual exercício, o que permitirá intensificar a eficiência do negócio e aumentar consideravelmente o volume de produção de diesel, o que ajudará a reduzir as necessidades de importação do mercado espanhol.


YPF: crescimento forte e atrativo


O resultado operacional recorrente da YPF foi de 1,625 bilhão de euros, frente aos 789 milhões de euros de 2009, o que supõe um crescimento de 106%.


O aumento do resultado é consequência da maior convergência dos preços locais de combustíveis com os internacionais e de maiores ingressos provenientes daqueles produtos vendidos internamente, referenciados à evolução das cotações internacionais, assim como dos efeitos derivados das exportações.

A produção total da YPF em 2010 foi de 541 mil bep/dia, o que supõe uma queda de 5,4% em relação a 2009, sendo menor a diminuição da produção de líquidos do que a diminuição de gás, consequência do esforço investidor apoiado nos programas Petróleo Plus de incentivos à produção de petróleo. A taxa de recuperação de reservas atingiu 84%, destacando a correspondente ao petróleo, que foi de 100%.

Os investimentos da YPF atingiram 1,548 bilhão de euros, 61,9% a mais do que em 2009, e foram destinados, fundamentalmente, ao desenvolvimento de projetos de Exploração e Produção.

Os trabalhos exploratórios realizados pela YPF na Argentina em 2010 fecharam com uma importante descoberta de gás não convencional (tight gas) na bacia de Neuquén. Adicionalmente, foram encontrados indícios, na mesma bacia, de elevado potencial de líquidos e gás não convencionais (shale oil & gás), que aumentam consideravelmente o valor desta.


O bom progresso da YPF provocou o interesse de investidores institucionais de participar do capital da sociedade. No dia 23 de dezembro de 2010, a Repsol anunciou a venda de um total de 3,3% do capital social da YPF por um valor de 500 milhões de dólares, adicional às realizadas em semanas anteriores sobre títulos da YPF nos mercados dos Estados Unidos e da Argentina.


Além disso, atualmente, está tramitando na Securities and Exchange Commission (SEC) o registro de um Formulário F-3, que vai permitir a venda pelo Grupo Repsol YPF de até 15% do capital da YPF, em linha com a estratégia da companhia de desinvestimento parcial na YPF para diversificar sua carteira de ativos.

No fechamento do exercício, o capital social da YPF ficou constituído da seguinte forma: Grupo Repsol (79,81%); Grupo Petersen (15,46%) e 4,72% de free float.

Gas Natural Fenosa incrementa seu resultado


O resultado operacional recorrente da Gas Natural Fenosa em 2010 subiu para 849 milhões de euros, frente aos 745 milhões de euros do exercício 2009, o que supõe um aumento de 14% em relação ao ano anterior. O incremento deveu-se, fundamentalmente, à incorporação nos resultados da Gas Natural de 100% da União Fenosa durante todo o exercício 2010 (em 2009 se incorporaram a partir do dia 30 de abril).


Os investimentos da Gas Natural Fenosa durante o exercício foram de 636 milhões de euros e foram destinados, fundamentalmente, para a atividade de distribuição de gás e eletricidade na Espanha e na América Latina, e para a atividade de geração de eletricidade na Espanha e no México.
 
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