Agência Reuters
Parceria nacional e estrangeira atuará em todas as fases do processo
O ex-presidente da Petrobras Henri Phillipe Reichstul montou com parceiros internacionais e brasileiros um fundo de investimento em etanol que tem como meta atingir US$ 2 bilhões."Serão várias tranches, mas o alvo é chegar aos 2 bilhões (de dólares), vai depender da demanda", disse à Reuters um dos sócios do negócio e ex-diretor geral da Agência Nacinal do Petróleo (ANP) David Zylbersztajn.
O fundo, batizado Brasil Energy, terá recursos de investidores do porte do ex-presidente do Banco Mundial James Wolfenson, e dos fundadores da Sun Microsystems Vinod Khosla, e da America Online Steve Case. A idéia é participar de todo o processo produtivo até a exportação do etanol, para os mercados da Ásia, Estados Unidos e Europa. "Todos os modelos são possíveis, queremos criar um cluster confiável de exportação", explicou o hoje também consultor do setor de energia.
O fundo nasce com uma primeira aplicação de US$ 200 milhões em um momento mais que favorável, ressaltou Zylbersztajn, que classificou de coincidência o anúncio do fundo dias após a visita do presidente americano George W. Bush ao Brasil, que foi dominada por discussões sobre os biocombustíveis.
A iniciativa de Reichstul ocorre em um momento em que a própria Petrobras anunciou que pretende criar um sistema de exportação do combustível com investimento estimado em US$ 8 bilhões, com parceiros, para construção de 40 novas usinas de álcool. Assim como a Brasil Energy, a Petrobras também pretende incentivar desde a plantação de cana-de-açúcar até a venda no exterior.
"Tem muita terra, muita tecnologia nova para entrar e muita demanda, tem espaço para todos", afirmou Zylbersztajn, que prevê a construção de cerca de 15 usinas pelo Brasil Energy, "pode ser mais, pode ser menos, vai depender do desenvolvimento do fundo", explicou.
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