Terreno foi desapropriado pelo governo do RJ.
G1
A refinaria Manguinhos divulgou na segunda-feira (21) que ingressou com pedido de recuperação judicial, com o objetivo de viabilizar o pagamento de passivo (despesa) causado pela desapropriação do imóvel onde está localizada, pela política de subsídios à gasolina, e pela alta dos insumos devido ao câmbio.
Segundo a companhia, um "plano consistente" de pagamento será apresentado aos credores nos próximos 60 dias, mostrando como a ela pretende equacionar suas dívidas e conservar suas atividades, onde atua há quase 60 anos.
Há poucos dias a empresa anunciou que seu controlador faria um aporte de cerca de R$ 55 milhões na tentativa de equalizar os danos.
O início da crise da refinaria se deu em outubro passado, quando o governo do estado do Rio de Janeiro publicou decreto de desapropriação do imóvel para construir na área um projeto habitacional para a população de baixa renda, com escola, postos de saúde, área de lazer e biblioteca.
“Nós vamos desapropriar a refinaria de Manguinhos. A Refinaria de Manguinhos há muito tempo não refina nada. Aquilo é simplesmente estocagem, muita estocagem de etanol. Há um trabalho de descontaminação da refinaria que nós iremos fazer junto com a prefeitura”, afirmou, à época, o governador Sergio Cabral.
O presidente da refinaria, Paulo Henrique Menezes, disse que foi surpreendido pela declaração de Cabral, uma vez que a refinaria tem operado com "volume expressivo". Em um relatório enviado à Comissão de Valores Mobiliários nesta segunda, a empresa informou que, nos últimos 12 meses, refinou 3,5 milhões de barris de petróleo. A companhia ressaltou que emprega mil trabalhadores diretamente.
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