Internacional

Referendo não afeta investimentos da Petrobras na Bolívia

Pelo menos é o que assegura o diretor da Área Internacional da Petrobras, Nestor Cerveró, ao justificar que as medidas propostas pelo presidente Carlos Mesa (foto) só valem para os novos contratos na Bolívia. Investimento no Pólo Gás-químico da fronteira está mantido, diz executivo.


21/07/2004 03:00
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O resultado do referendo promovido pelo governo boliviano no último domingo (18/07) não mudará os planos da Petrobras para aquele país. O diretor da Área Internacional da companhia brasileira, Nestor Cerveró, justificou que todos os investimentos da subsidiária boliviana da Petrobras estão mantidos, incluindo o novo pólo gás-químico previsto para a fronteira com o país andino, que deverá consumir US$ 1,3 bilhão. "O referendo não muda os planos da companhia para a Bolívia. Estamos em uma situação muito confortável", afirmou Cerveró nesta quarta-feira (21/07), no Rio.
O executivo, que participou da cerimônia de assinatura de um acordo de cooperação com Furnas Centrais Elétricas, justificou que todas as medidas aprovadas no referendo, como o aumento da taxação da produção de gás boliviano, só terão efeito para os novos contratos a serem firmados naquele país. Também presente ao evento, o diretor da Área de Gás e Energia da Petrobras, Ildo Sauer, corroborou as palavras de Cerveró, ao afirmar que o resultado do referendo devolveu a estabilidade à Bolívia.
Sauer anunciou, ainda, a reabertura das negociações com o governo boliviano para a revisão do contrato de fornecimento do gás para o Brasil. Com prazo de 20 anos no total, o documento prevê revisões econômicas periódicas a cada cinco anos. Como o contrato foi firmado em 1999, as negociações, que já começaram em caratér preliminar por iniciativa da própria YPFB, deverão ser intensificadas ao longo dos próximos meses.
Segundo o diretor, as modificações propostas pelo referendo, que sustentarão a futura lei de Hidrocarburos do país, não afetam esse contrato, que prevê o fornecimento de 30 milhões de metros cúbicos de gás pelo gasoduto Bolívia-Brasil (Gasbol). A despeito do acordo firmado pelos dois países, o Brasil só consome 19 milhões de metros cúbicos do insumo, na média. Como o contrato é do tipo take or pay, que prevê a oferta de um volume fixo de gás independentemente do total consumido pelo Brasil, todo o país sofre as conseqüências.
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