Banco Mundial

Reestruturação das distribuidoras

O Banco Mundial acaba de aprovar um empréstimo de US$ 495 milhões para o Projeto de Melhoria de Desempenho Operacional e Financeiro das Empresas de Distribuição da Eletrobras. A operação vai aumentar a qualidade de serviço e o desempenho operacional de seis empresas de distribuição localiz

Redação/ Agências
08/06/2010 13:04
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O Banco Mundial acaba de aprovar  um empréstimo de US$ 495 milhões para o Projeto de Melhoria de Desempenho Operacional e Financeiro das Empresas de Distribuição da Eletrobras. A operação vai aumentar a qualidade de serviço e o desempenho operacional de seis empresas de distribuição localizadas nas regiões Norte e Nordeste. Cerca de três milhões de pessoas em 118 municípios, uma área equivalente à Colômbia e Bolívia juntas, se beneficiarão diretamente do aumento na qualidade e confiabilidade do fornecimento de energia elétrica.

 

 


"A Eletrobras já é uma referência em geração e transmissão. Com esse apoio do Banco Mundial, poderemos alavancar ainda mais a profissionalização da gestão das nossas distribuidoras”, afirmou o diretor de Tecnologia e (então) presidente em exercício da Eletrobras, Ubirajara Rocha Meira. "Certamente, esse será um reforço importante para que possamos realizar as ações que planejamos no sentido de valorizar essas empresas e melhorar a qualidade do serviço que prestam”, completou.

 

As seis empresas de distribuição elétrica abrangidas pelo projeto são: Eletrobras Distribuição Alagoas, Eletrobras Distribuição Roraima, Eletrobras Distribuição Piauí, Eletrobras Distribuição Rondônia, Eletrobras Distribuição Acre e Eletrobras Amazonas Energia. A falta de acesso seguro aos serviços de eletricidade tem sido um entrave sério e de longa data para o desenvolvimento econômico sustentável e a geração de empregos nesses estados. A regularização do serviço também é reconhecida como uma importante ferramenta para a redução da pobreza e a promoção da cidadania e inclusão social no País.

Devido aos elevados custos de operação em áreas remotas e rurais, e a predominância de consumidores de baixa renda, as seis empresas atualmente necessitam de significativo apoio federal. Além disso, as empresas têm um histórico de prejuízos e problemas de gestão. O não-pagamento pelo abastecimento de eletricidade, inclusive por parte de grandes consumidores, resultou em manutenção inadequada do sistema e um serviço de baixa qualidade, com numerosas interrupções de fornecimento, algumas de longa duração, o que desestimula o pagamento.

 

“O projeto vai quebrar esse círculo vicioso e ajudar a eliminar um gargalo importante para o desenvolvimento social e econômico no Norte e Nordeste do País”, afirmou Makhtar Diop, diretor do Banco Mundial para o Brasil. “A falta de acesso confiável à eletricidade afeta a população de baixa renda de forma especialmente negativa. Além de ser um fardo para as famílias, diminui a atividade das empresas, a geração de empregos e a prestação de serviços públicos em regiões que já enfrentam desafios como renda per capita abaixo da média e um difícil contexto geográfico.”

 

O Projeto de Melhoria de Desempenho Operacional e Financeiro das Empresas de Distribuição da Eletrobras visa melhorar a qualidade dos serviços de fornecimento, reduzir as perdas de energia elétrica e aumentar a sustentabilidade das companhias por meio de políticas de cobrança mais eficientes na distribuição e varejo. Para tal, o projeto financiará a aquisição de bens, equipamentos, obras e serviços para o reforço das redes de distribuição, a implantação de infraestrutura de medição avançada e a modernização dos sistemas de gestão da informação nas companhias.

 

Além disso, o projeto apoiará o reforço da capacidade institucional e operacional das seis empresas de distribuição em áreas como a gestão baseada em resultados, gestão de impactos ambientais e sociais, e conscientização das comunidades. Adicionalmente, um centro de pesquisa e treinamento a ser estabelecido pelo projeto no Estado do Acre irá financiar o desenvolvimento de currículos, estudos, capacitação, bolsas de estudo e equipamentos para a elaboração e aplicação de cursos nas áreas de recursos hídricos e gestão ambiental.

 

“A tecnologia de infraestrutura avançada de medição, introduzida pelo projeto, irá reduzir as perdas, especialmente entre os usuários de grande porte e de maior renda. Além disso, o projeto reforçará, reabilitará e expandirá as redes de distribuição existentes. Isso busca garantir uma cobrança justa e equitativa para todos, melhorando a qualidade dos serviços e do planejamento”, explicou Leopoldo Montanez, co-gerente do projeto pelo Banco Mundial.

 

“O projeto vai complementar as intervenções técnicas com atividades sociais em áreas de baixa renda, com foco sobre consultas públicas, participação e conscientização comunitária, cujo propósito é desenvolver e tornar mais sustentáveis os resultados do projeto”, acrescentou Jennifer Sara, coordenadora setorial e também co-gerente de Desenvolvimento Sustentável do Banco Mundial.

 

O Banco Mundial já financiou mais de US$ 5,7 bilhões em projetos para o setor energético no Brasil desde 1949. Este é um empréstimo flexível (IFL) do Bird de US$ 495 milhões, com opção de spread fixo e prazo de pagamento de 13,5 anos, incluindo um período de carência de 5,5 anos.
 

 

 

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