Empresas

Queiroz Galvão se prepara para atuar em água profunda

E aumenta as apostas ao adquirir áreas de risco exploratório.

Valor Econômico
23/05/2013 20:11
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Com R$ 1,1 bilhão em caixa e com compromissos de investir na exploração de mais oito blocos em parceria adquiridos na 11ª Rodada da Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP), a Queiroz Galvão Exploração e Produção (QGEP) vai mudar de patamar. Não é mais uma companhia produtora de gás e nem apenas sócia de áreas no mar operadas por empresas maiores, como a Petrobras. Uma das novas petrolíferas privadas brasileiras com capital em bolsa, a QGEP tem sido bem sucedida na sua estratégia de crescimento via aquisições de áreas já em fase de desenvolvimento da produção e aumentou as apostas ao adquirir oito áreas de risco exploratório em águas ultraprofundas em novas fronteiras, cinco delas como operadora, na 11ª Rodada da ANP.
Lincoln Guardado, presidente da QGEP, afirma que agora o foco é consolidar a empresa como operadora em águas profundas. Por isso, diz o executivo, apesar de estar "olhando e aguardando" as regras dos próximos leilões, ainda não é certo participar do leilão de áreas de gás não convencional.
"Vamos esperar como vem a licitação para avaliarmos. Mas hoje estamos mais focados e montando a companhia para estar no mar. Queremos ficar focados e não queremos atirar para todos os lados, já que isso vai exigir muita competência e implica em custos, o que é um ponto fundamental", disse Guardado ao 'Valor'.
No leilão, a QGEP se tornou parceira de sete companhias - Total, Statoil, Petrobras, OGX, a canadense Pacific Rubiales, a britânica Premier e a Petra - algumas das quais já era sócia. Segundo o presidente da QGEP, o objetivo era o de recompor o portfólio, com valor, dentro de uma estratégia que tinha também cuidado com a exposição financeira. "Nós estávamos limitados. Tínhamos dinheiro para participar mais, tanto que fizemos dez lances e ganhamos oito blocos, sendo operadores e com sócios. Foi um êxito muito grande. Foi muito bom, para o nível que veio. Os blocos que perdemos tiveram alta concorrência", observa.
A companhia fez lances, e perdeu, em dois blocos concorridos, sendo um na Foz do Amazonas (o 127, que teve o maior ágio do leilão) e outro na bacia de Barreirinhas. Comprometeu R$ 94,9 milhões com bônus. Sobre a sociedade com a problemática OGX, que teve o risco de crédito aumentado após o leilão, Guardado diz que não há qualquer preocupação, lembrando que já são sócios no bloco BS-4, que ela opera, na Bacia de Santos.
"Acompanhamos os problemas que eles têm de caixa, mas não achamos que vá ser empecilho", disse o executivo. Guardado observou que a OGX é sócia do BS-4 completando que a companhia de Eike Batista tem contribuído de forma regular nas suas participações, inclusive na parte técnica. "A associação fez todo sentido. Eles são uma companhia que pode aportar conhecimento técnico para a área", diz Guardado, esclarecendo ainda que a parceria foi trazida pela Total.
As participações da Queiroz Galvão E&P nos blocos adquiridos na 11ª Rodada se somam ao início do desenvolvimento da produção dos campos Atlanta e Oliva, no BS-4, onde existe óleo pesado. As participações da companhia nos blocos adquiridos no último leilão se somam ao início do desenvolvimento da produção dos campos Atlanta e Oliva, no BS-4, onde existe óleo pesado, e a exploração de outras bacias como Jequitinhonha.
A empresa adquiriu 30% da Shell no BS-4, assim como uma participação de 10% no bloco BM-S-8, onde foi descoberto, alguns meses depois da aquisição, o campo de Carcará.
Com uma coluna de 471 metros de petróleo, no polo do pré-sal em torno de Tupi, a aquisição pode ter elevado em muito o valor da QGEP. Pelo menos é o que afirmam analistas que tentavam atribuir um valor para esse ativo ao compararem proposta bilionária da chinesa CNPC pela Barra Energia, que tem outros 10%. Aparentemente a proposta chinesa, não confirmada, tem Carcará como fator determinante.
Em outubro a QGEP começa a perfurar o primeiro poço horizontal no campo de Atlanta. Ali será instalado um sistema antecipado de produção com dois poços.
A expectativa é que cada poço produza entre 10 e 12 mil barris de petróleo por dia com a extração ajudada por bombas. Assim que o primeiro poço terminar, o segundo será perfurado. No primeiro semestre de 2014 a companhia prefere perfurar um prospecto no pré-sal do BS-4, chamado Piapara, próximo das descobertas de Libra e Franco, só para citar alguns da região que hoje faz parte da zona de exclusão do pré-sal. Como foi vendido antes da mudança de regime, os sócios do BS-4 podem perfuram qualquer profundidade na área, sem conteúdo local mínimo.
Neste ano, a QGEP vai investir US$ 192 milhões. Do total, US$ 145 milhões serão gastos com exploração e produção, e US$ 47 milhões com o pagamento de bônus pelos blocos adquiridos da ANP. A empresa é a maior produtora privada de gás do Brasil - tem 45% e opera o campo de Manati, que produz 6,6 milhões de metros cúbicos ao dia de gás. Em 2014, o investimento aumenta para US$ 335 milhões, sendo US$ 257 milhões para exploração e US$ 78 milhões para produção.

Com R$ 1,1 bilhão em caixa e com compromissos de investir na exploração de mais oito blocos em parceria adquiridos na 11ª Rodada da Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP), a Queiroz Galvão Exploração e Produção (QGEP) vai mudar de patamar. Não é mais uma companhia produtora de gás e nem apenas sócia de áreas no mar operadas por empresas maiores, como a Petrobras. Uma das novas petrolíferas privadas brasileiras com capital em bolsa, a QGEP tem sido bem sucedida na sua estratégia de crescimento via aquisições de áreas já em fase de desenvolvimento da produção e aumentou as apostas ao adquirir oito áreas de risco exploratório em águas ultraprofundas em novas fronteiras, cinco delas como operadora, na 11ª Rodada da ANP.


Lincoln Guardado, presidente da QGEP, afirma que agora o foco é consolidar a empresa como operadora em águas profundas. Por isso, diz o executivo, apesar de estar "olhando e aguardando" as regras dos próximos leilões, ainda não é certo participar do leilão de áreas de gás não convencional.


"Vamos esperar como vem a licitação para avaliarmos. Mas hoje estamos mais focados e montando a companhia para estar no mar. Queremos ficar focados e não queremos atirar para todos os lados, já que isso vai exigir muita competência e implica em custos, o que é um ponto fundamental", disse Guardado ao 'Valor'.


No leilão, a QGEP se tornou parceira de sete companhias - Total, Statoil, Petrobras, OGX, a canadense Pacific Rubiales, a britânica Premier e a Petra - algumas das quais já era sócia. Segundo o presidente da QGEP, o objetivo era o de recompor o portfólio, com valor, dentro de uma estratégia que tinha também cuidado com a exposição financeira. "Nós estávamos limitados. Tínhamos dinheiro para participar mais, tanto que fizemos dez lances e ganhamos oito blocos, sendo operadores e com sócios. Foi um êxito muito grande. Foi muito bom, para o nível que veio. Os blocos que perdemos tiveram alta concorrência", observa.


A companhia fez lances, e perdeu, em dois blocos concorridos, sendo um na Foz do Amazonas (o 127, que teve o maior ágio do leilão) e outro na bacia de Barreirinhas. Comprometeu R$ 94,9 milhões com bônus. Sobre a sociedade com a problemática OGX, que teve o risco de crédito aumentado após o leilão, Guardado diz que não há qualquer preocupação, lembrando que já são sócios no bloco BS-4, que ela opera, na Bacia de Santos.


"Acompanhamos os problemas que eles têm de caixa, mas não achamos que vá ser empecilho", disse o executivo. Guardado observou que a OGX é sócia do BS-4 completando que a companhia de Eike Batista tem contribuído de forma regular nas suas participações, inclusive na parte técnica. "A associação fez todo sentido. Eles são uma companhia que pode aportar conhecimento técnico para a área", diz Guardado, esclarecendo ainda que a parceria foi trazida pela Total.


As participações da Queiroz Galvão E&P nos blocos adquiridos na 11ª Rodada se somam ao início do desenvolvimento da produção dos campos Atlanta e Oliva, no BS-4, onde existe óleo pesado. As participações da companhia nos blocos adquiridos no último leilão se somam ao início do desenvolvimento da produção dos campos Atlanta e Oliva, no BS-4, onde existe óleo pesado, e a exploração de outras bacias como Jequitinhonha.


A empresa adquiriu 30% da Shell no BS-4, assim como uma participação de 10% no bloco BM-S-8, onde foi descoberto, alguns meses depois da aquisição, o campo de Carcará.


Com uma coluna de 471 metros de petróleo, no polo do pré-sal em torno de Tupi, a aquisição pode ter elevado em muito o valor da QGEP. Pelo menos é o que afirmam analistas que tentavam atribuir um valor para esse ativo ao compararem proposta bilionária da chinesa CNPC pela Barra Energia, que tem outros 10%. Aparentemente a proposta chinesa, não confirmada, tem Carcará como fator determinante.


Em outubro a QGEP começa a perfurar o primeiro poço horizontal no campo de Atlanta. Ali será instalado um sistema antecipado de produção com dois poços.


A expectativa é que cada poço produza entre 10 e 12 mil barris de petróleo por dia com a extração ajudada por bombas. Assim que o primeiro poço terminar, o segundo será perfurado. No primeiro semestre de 2014 a companhia prefere perfurar um prospecto no pré-sal do BS-4, chamado Piapara, próximo das descobertas de Libra e Franco, só para citar alguns da região que hoje faz parte da zona de exclusão do pré-sal. Como foi vendido antes da mudança de regime, os sócios do BS-4 podem perfuram qualquer profundidade na área, sem conteúdo local mínimo.


Neste ano, a QGEP vai investir US$ 192 milhões. Do total, US$ 145 milhões serão gastos com exploração e produção, e US$ 47 milhões com o pagamento de bônus pelos blocos adquiridos da ANP. A empresa é a maior produtora privada de gás do Brasil - tem 45% e opera o campo de Manati, que produz 6,6 milhões de metros cúbicos ao dia de gás. Em 2014, o investimento aumenta para US$ 335 milhões, sendo US$ 257 milhões para exploração e US$ 78 milhões para produção.

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