Além do melhor preço de construção, o critério para a escolha da companhia construtora considera o percentual de participação da Rio Bravo no negócio e a isenção fiscal oferecida pelos estados onde o dique venha a ser construído.
As propostas de preços da licitação da Rio Bravo para a construção e administração do dique-seco para construção e reparos navais foram abertas nesta sexta-feira (17/03). O resultado sobre o vencedor da licitação, no entanto, só será divulgado após a análise dos documentos apresentados pelas concorrentes. Além do melhor preço de construção, o critério para a escolha da companhia construtora considera o percentual de participação da Rio Bravo no negócio e a isenção fiscal oferecida pelos estados onde o dique venha a ser construído.
O gerente de implementação de empreendimentos para a Transpetro, Alexandre Lugtenburg de Garcia, explica que o modelo de licitação adotado estipula que durante 10 anos a empresa Rio Bravo terá a posse do dique e gerenciará o arrendamento do dique. Após esse período a instalação passa a ser de propriedade da construtora. Devido esta conformação, quanto menor for o percentual de participação da Rio Bravo, menos ela poderá cobrar pelo arrendamento da instalação.
Por outro lado, as empresas construtoras também tendem a dar percentuais menores de participação uma vez que ao final dos 10 anos terá a posse do dique. "Claro que as empresas têm que oferecer percentuais porque precisam competir entre si. Elas terão mais chance quanto mais se comprometerem a investir", alega o diretor da Rio Bravo, Glauber da Cunha Santos.
Além destes quesitos, a oferta de isenção fiscal para a construção das plataformas no futuro também será avaliada para a decisão do vencedor da licitação. Os concorrentes são oriundos dos estados da Bahia, Pernambuco, Rio de Janeiro e Rio Grande do Sul.
A principal cliente para o arrendamento do dique-seco é a Petrobras, que, inclusive, oferece uma área na Bahia, em São Roque, para a construção do dique. Segundo Garcia, a estatal espera ter a certeza da existência da instalação para passar a exigir em seus editais que a construção de plataformas seja realizada no Brasil.
Todos os concorrentes da licitação foram aprovados tecnicamente e as propostas de preços são:
Construções e Comércio Camargo Corrêa: R$ 204.653.775,81
Construtora Andrade Gutierrez: R$ 312.364.070,57
Construtora Norberto Odebrecht: R$ 313.606.013,70
Construtora OAS: R$540.394.303,90
Consórcio Mar do Sul (Construtora Queiroz Galvão e Estaleiro Aker Promar):
R$229.750.237,57
Renave: R$313.924.762,54
Estaleiro Rio Grande: R$196.116.263,54
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