Redação/Agência Brasil
Com base no resultado positivo das últimas rodadas de licitação na área do petróleo e gás natural, o Ministério de Minas e Energia (MME) lançou ontem (13), em parceria com a Organização Nacional da Indústria do Petróleo (Onip) e da Federação das Indústrias do Estado do Rio de Janeiro (Firjan), o programa Circuito Virtuoso da Indústria de Óleo e Gás no Brasil.
O programa visa a atender às novas operadoras e afretadoras que estão entrando no país a partir das novas rodadas de leilões do setor e demonstrar que a indústria nacional fornecedora de bens e serviços na área de óleo e gás é competitiva e pode atender às demandas interna e externa. “O Brasil possui polos produtivos aptos a atender às companhias”, assegurou o presidente da Onip, Marcos Assayag.
O circuito já tem eventos programados para apresentação desses polos para as operadoras e afretadoras, em diversas regiões brasileiras. O primeiro deles está marcado para o próximo dia 20 e contará com a presença do ministro de Minas e Energia, Fernando Coelho. Ele ocorrerá no Maranhão, onde será visitada a Eneva, terceira maior empresa em capacidade térmica do país e a maior operadora privada de gás natural do Brasil, situada no Complexo do Parnaíba.
O circuito deve se estender até setembro de 2018, quando ocorrerá no Rio de Janeiro a Rio Oil & Gas Expo and Conference, considerada o maior evento do setor da América Latina, promovido pelo Instituto Brasileiro de Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (IBP).
Nova etapa
O ministro Fernando Coelho assegurou que aquele momento em que tudo era responsabilidade da Petrobras ficou para trás. O Brasil vive uma nova fase, afirmou. “O Brasil é muito mais do que isso. A Petrobras tem muito mais capacidade também do que isso e tem muita gente querendo vir fazer no Brasil o que já faz em outros países”. O ministro admitiu que não é fácil, em razão dos muitos desafios existentes pelo caminho. Avaliou, contudo, que “nós conseguimos vencer a primeira etapa”.
Coelho considerou que o programa Circuito Virtuoso da Indústria de Óleo e Gás talvez seja a mais importante de todas as etapas porque muitas empresas internacionais que já atuavam no Brasil vão poder contratar seus equipamentos e serviços no país. Informou que muitas empresas têm procurado o ministério. “É papel do governo estar ao lado das empresas, das operadoras”. De acordo com ele, o circuito vai colocar as empresas para conversar com a indústria de óleo e gás, abrindo espaço para as negociações.
O ministro ainda disse que o projeto é uma chance de emancipação da indústria de óleo e gás do país e que as empresas brasileiras vão se posicionar para atender também outras praças do entorno do país, como América do Sul e costa atlântica da África. Coelho acredita que a indústria brasileira vai, “a partir do esforço de todo nós, ocupar cada vez mais uma participação nos budgets [orçamento] e nos contratos de muitas empresas, operadoras e afretadoras que já estão no Brasil”.
Mercado
O secretário de Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis do Ministério de Minas e Energia, Márcio Félix, salientou que o programa vai trazer luz ao que o Brasil está fazendo, já foi ou está parcialmente construído, “mostrando que quase todo lugar do mundo queria ser o Brasil hoje, porque o mercado está aqui. Nós estamos junto do mercado”. O objetivo, frisou, é mostrar o arranjo produtivo que tem em cada local do Brasil.
O secretário disse que outros países, como Singapura, China, podem também fornecer para o Brasil, mas indagou a seguir: “Como é que vai ser mais competitivo do que nós, que estamos aqui? Esse é o desafio”. Félix afirmou que as empresas instaladas no Brasil já estão fornecendo para o Atlântico Sul e chegando à Guiana Francesa.
Fale Conosco
21