Cosan

Previsão de recorde na exportação de etanol

Jornal do Commercio
01/08/2008 07:40
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A Cosan, maior grupo brasileiro de açúcar e etanol, divulgou nesta quinta-feira que espera recorde nas exportações de álcool em 2008/09 (maio-abril), sendo que metade do volume comercializado terá como destino o mercado dos Estados Unidos.

 

As exportações de etanol da Cosan devem responder por 25% da produção projetada para a temporada, em comparação com menos de 20% nos últimos anos, afirmou o vice-presidente comercial da Cosan, Marcos Lutz.

 

"Este (aumento nas exportações) é mudança estrutural. Estamos construindo relações com parceiros internacionais, nas quais garantimos fornecimento, relações além do mercado físico", disse Lutz em teleconferência para jornalistas.

 

A Cosan S.A., subsidiária da Cosan Ltd, anunciou prejuízo de R$ 5,3 milhões (US$ 3,39 milhões) no quarto trimestre, entre fevereiro e abril, devido à queda nos preços do açúcar e do aumento de custos. Em 2007, a empresa teve lucro de R$ 164,7 milhões no mesmo período.

 

As exportações de álcool do centro-sul brasileiro foram estimadas em 5 bilhões de litros nesta temporada, contra 3,1 bilhões de litros em 2007/08, principalmente devido à forte demanda americana.

 

O Brasil, maior exportador mundial de açúcar e álcool, encontra-se na metade de colheita recorde de cana na qual as usinas dão preferência à produção de álcool, frente ao pequeno retorno financeiro oferecido pelo açúcar.

 

A Cosan manteve os planos anunciados anteriormente sobre investimentos de usinas de etanol fora do país, mas informou que provavelmente vai esperar pela definição da tarifa aplicada sobre o produto nos EUA antes de tomar qualquer decisão.

 

"Existe pressão crescente da população norte-americana contra a tarifa do etanol. Então precisamos ter cuidado para não tomarmos um passo que pode não ser tão interessante no futuro", afirmou o vice-presidente da Cosan, Paulo Diniz.

 

Ele citou como exemplo as usinas de desidratação no Caribe. Graças ao acordo comercial da Iniciativa da Bacia do Caribe (CBI, em inglês), a região é isenta de a tarifa de US$ 0,54 por galão aplicada pelos EUA às importações de álcool.

 

Aproveitando esta vantagem, diversas companhias brasileiras construíram usinas na região. As empresas enviam regularmente álcool hidratado para países como El Salvador e Jamaica, transformam o combustível em álcool anidro e exportam o produto para os EUA com isenção de tarifa. A Cosan realiza este tipo de operação por meio de parcerias.

 

"Em um ano de eleição (presidencial) nos EUA, é prudente esperar um pouco para ver o que vai acontecer no cenário político antes de tomar decisões de muito longo prazo", acrescentou Lutz.

 

Após aquisições de usinas nos últimos anos, Lutz disse que a Cosan ainda avalia possíveis compras no Brasil.

 

"É prudente estar bastante preparado para oportunidades que podem aparecer no Brasil, também. As usinas que hoje estão em situação financeira delicada podem eventualmente ser alvos fáceis", disse Lutz. A Cosan recentemente entrou no setor de distribuição de combustíveis após adquirir os ativos dos postos de abastecimento da Exxon Mobil no Brasil.

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