Política

Presidente da Petrobras diz que política do Fed é "equivocada"

O presidente da Petrobras, José Sergio Gabrielli, condenou ontem (17) a política monetária adotada pelo Fed (Banco Central americano). Segundo ele, os efeitos da depreciação da moeda americana são variáveis, mas quando estimulados no curto prazo podem ser intensificados.

Agência Brasil
18/11/2010 11:21
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O presidente da Petrobras, José Sergio Gabrielli, condenou ontem (17) a política monetária adotada pelo Fed (Banco Central americano). Segundo ele, os efeitos da depreciação da moeda americana são variáveis, mas quando estimulados no curto prazo podem ser intensificados.

 

“O problema grave é uma combinação do movimento do câmbio com políticas monetárias que intensificam esses efeitos a longo prazo. Essa política do Fed de US$ 600 bilhões [colocados na economia americana], no curto prazo, traz efeitos que aceleram a depreciação do dólar artificialmente e, portanto, deve ser condenada”, disse o presidente da Petrobras ao chegar para a posse do novo presidente da Confederação Nacional da Indústria (CNI).


Ainda de acordo com Gabrielli, o impacto do preço baixo do dólar no balanço da Petrobras é também variável, uma vez que a empresa se beneficia e é prejudicada pelas oscilações do câmbio. “No caso do balanço da Petrobras, o impacto do dólar depende de muitas variáveis. Nós somos um grande exportador, e assim o dólar fraco é bom. Mas nós somos um grande importador também. Nós somos credores, então o dólar fraco é ruim. Mas somos um grande devedor também, então nós pagamos, então o dólar fraco é bom. Então o efeito líquido depende muito da intensidade da apreciação do dólar e do momento que ocorre, não é sempre que é ruim”, explicou o presidente da Petrobras.


Para ele, o efeito da crise cambial, a longo prazo, será o aumento da produtividade das empresas exportadoras. Nesse caso, de acordo com Gabrielli, a indústria de máquinas e equipamentos brasileira terá que se preparar.


O presidente da Petrobras comentou ainda que não está preocupado com o modelo de distribuição dos royalties do petróleo que o Congresso está discutindo. Segundo ele, a estatal pagará de qualquer maneira, independentemente da forma que fique a distribuição. “Nós temos uma perspectiva de crescimento de produção muito grande independentemente de novas áreas que serão colocadas em leilão. Acho que quanto mais cedo definir esse marco regulatório melhor para o país. Mas não afeta nosso plano de investimento”, disse.
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