Combustíveis

Preço do litro da gasolina chega a R$ 2,799 em Fortaleza

Diário do Nordeste
14/07/2011 20:10
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Na esteira do aumento do álcool anidro, que volta ser vendido em Fortaleza por até R$ 2,20 o litro, mesmo em pleno pico da safra da cana de açúcar no Centro Sul, os preços da gasolina já começaram a subir na capital cearense. Pelo menos dois postos na Avenida Antônio Sales, na Aldeota, registravam na bomba o preço de R$ 2,799, para o consumidor final, valor 4,5% superior ao preço médio anotado no início desta semana.

Esse é o terceiro aumento nos preços da gasolina comum registrado nas duas últimas semanas, na cidade. No fim de junho, o preço médio aferido em pesquisas da Agência Nacional de Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP) era R$ 2,672. Até ontem, porém, o produto ainda podia ser encontrado por R$ 2,63, como em um posto na Avenida Engenheiro Santana Júnior, no Papicu.

O maior aumento nos preços dos combustíveis foi percebido no Posto Aliança Aldeota, nos cruzamentos das Avenidas Antônio Sales com Rui Barbosa, onde o litro da gasolina subiu R$ 0,10, de R$ 2,69 para R$ 2,79, ou 3,7%, esta semana.

Reajustes

O preço do álcool anidro também retornou a R$ 2,199, o mesmo praticado há cerca de dois meses atrás, antes do início da safra da cana de açúcar. De acordo com o proprietário do posto Aliança e presidente do Sindipostos, Guilherme Meireles, o novo reajuste ocorreu porque os preços dos dois combustíveis subiram nas distribuidoras.

Segundo ele, o litro do etanol passou de R$ 1,79 para R$ 2,00, alta de R$0,21, enquanto a gasolina comum teria aumentado de R$ 2,35 para R$ 2,40, o litro, para os postos. Meireles nega oportunismo nos reajustes e que a ação irá puxar os demais estabelecimentos a também subirem os preços da gasolina na cidade. "Aumentei porque os preços subiram na distribuidora, mas Fortaleza tem cerca de 300 postos e cada um pratica o preço que quiser", justificou.

A uma quadra do posto Aliança, o gerente do posto Sobral & Palácio, Gilberto Santiago, também transferiu a responsabilidade dos aumentos às distribuidoras de combustíveis. "Estamos comprando a gasolina mais cara, a R$ 2,359, o litro, e o álcool, que custava R$ 1,84, passou para R$ 1,95", explicou o gerente do estabelecimento.

Demanda elevada

Em relação ao etanol, Meireles acusa os usineiros de estarem se aproveitando do período de elevação da demanda, para aumentar os preços. "Eles (usinas de açúcar e álcool do Centro Sul) estão aproveitando o momento para ganhar dinheiro", declarou o presidente do Sindipostos, para quem a regulamentação do setor, agora nas mãos da ANP, piorou a situação do mercado. "Precisamos de uma política mais séria" , cobrou.

No meio do "fogo cruzado" entre os donos de postos, distribuidoras, usinas e governo Federal, o advogado e consumidor Luis Pimentel, cobra mais transparências nas informações dos atores da cadeia produtiva dos combustíveis no país. "Antes alegavam que o aumento era devido à entressafra, agora que estamos em plena safra, eles alegam queda de produtividade. O consumidor se sente traído, sem saber em quem acreditar", exclamou Pimentel.

De forma semelhante, trabalhadores dos postos dizem que, apesar do aumento consecutivo nos preços dos combustíveis, a categoria ainda não recebeu, nem mesmo, o reajuste salarial de março. Meireles confirma o atraso, mas afirma que o acordo foi fechado e que falta apenas a assinatura dos documentos.
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