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O consumidor paulista é o primeiro a sentir no bolso os efeitos da entressafra na produção de álcool. Segundo a Agência Nacional do Petróleo (ANP), o litro do álcool hidratado subiu 6,47% nos postos do Estado na última semana. Em um mês, a alta acumulada é de 8,55%. Na média nacional, os repasses são mais modestos: 3,38% na semana passada. A tendência é de manutenção da curva de alta, uma vez que a cotação do produto nas usinas de São Paulo já chega perto dos 30% desde a mínima do ano.
O mercado paulista costuma sentir mais rapidamente as variações de preços do etanol, devido à proximidade com as usinas e à alta rotatividade dos estoques locais. O preço médio do combustível no Estado ficou em R$ 1,168 por litro na semana passada, informa a pesquisa semanal de preços da ANP, divulgada ontem. Há um mês, o litro do álcool hidratado saía a R$ 1,076, em média, nos postos do Estado.
O movimento de alta é normal nesta época do ano e só é revertido com o início da colheita de cana-de-açúcar, em maio do ano seguinte. Na segunda-feira, o ministro de Minas e Energia, Nelson Hubner, afirmou que o governo não vai intervir no preço do combustível este ano. Ele lembrou que o mercado pode ser regulado pelo próprio consumidor, que vai escolher o combustível mais barato na hora de abastecer.