Combustíveis

Preço da gasolina tem maior defasagem da gestão Foster

E está 25% mais cara que o padrão internacional.

Diário do Nordeste
30/07/2013 13:15
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A Petrobras opera com o maior nível de defasagem no preço da gasolina e do diesel dos 17 meses de gestão Graça Foster. A executiva - que havia anunciado que os anos de 2012 e 2013 seriam uma espécie de freio de arrumação para um retorno efetivo ao aumento de produção em 2014 - foi atropelada pela disparada do câmbio, que descolou ainda mais os preços domésticos dos internacionais. Pela última avaliação do Centro Brasileiro de Infraestrutura (CBIE), a gasolina está 25% mais cara que o padrão internacional e o diesel, 22,5%.
No próximo dia 9, a Petrobras divulgará os resultados financeiros do segundo trimestre. O estrago do câmbio nas contas será amortecido pela nova contabilidade de hedge (proteção) adotada pela companhia. A crescente importação de derivados e o aumento do descompasso de preços voltam a comprometer a receita da estatal, tornando mais difícil a meta de investir R$ 92 bilhões neste ano.
"De janeiro a maio, de acordo com os dados mais recentes da Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP), o déficit da balança comercial da Petrobras chegou a US$ 14 bilhões. Foram US$ 21,4 bilhões de importações e US$ 7,4 bilhões de exportações. Essa maluquice de subsídio de preço para gasolina e diesel afeta a companhia no câmbio e no preço dos combustíveis", afirmou Adriano Pires, do CBIE.
Preços
A cotação do petróleo está relativamente estável em torno de US$ 107, mas é provável que o período de férias no Hemisfério Norte faça subir o preço em agosto, o que tornaria mais desconfortável a situação da estatal.
Sem perspectivas de novos reajustes de preços num momento em que os esforços do governo se concentram no controle da inflação, a Petrobras aposta na estratégia de venda de ativos e nos programas de redução de custos (Procop, Proef, Infralog e PRC-Poço) para garantir resultados este ano, enquanto aguarda o aumento da curva de produção apenas para 2014. Outro fator que dificulta uma eventual campanha por novos reajustes, disse Pires, é o momento político, marcado por manifestações.
Estímulo ao etanol
Neste contexto, ampliar a oferta de etanol é importante para reduzir a demanda por gasolina, que tem causado prejuízos à Petrobras devido às importações. Assim, em mais uma tentativa de aumentar a safra de cana-de-açúcar no país e, com isso, conseguir maior oferta de etanol no mercado, o BNDES reduziu os juros do Prorenova, programa de apoio à renovação e implantação de canaviais lançado em 2012 e que não vem conseguindo atrair produtores.
Os juros caíram de cerca de no mínimo 6,8% para 5,5% ao ano. Antes, além da TJLP (Taxa de Juros de Longo Prazo), de 5% ao ano, os clientes do banco pagavam remuneração de 1,3% ao BNDES e mais o spread do agente financeiro pelo risco do negócio, taxa que varia entre 0,5% a 2,5%. As micro, pequenas e médias empresas pagavam um pouco menos, com a remuneração do BNDES limitada a 0,9%.
O Prorenova continua com dotação de R$ 4 bilhões em 2013, mesmo valor oferecido no ano passado. Em 2012, apenas R$ 1,38 bilhão foram utilizados dos R$ 4 bilhões oferecidos. Os pedidos de empréstimo podem ser feitos até 31 de dezembro. O prazo de financiamento é de 72 meses, com carência de 18 meses.

A Petrobras opera com o maior nível de defasagem no preço da gasolina e do diesel dos 17 meses de gestão Graça Foster. A executiva - que havia anunciado que os anos de 2012 e 2013 seriam uma espécie de freio de arrumação para um retorno efetivo ao aumento de produção em 2014 - foi atropelada pela disparada do câmbio, que descolou ainda mais os preços domésticos dos internacionais. Pela última avaliação do Centro Brasileiro de Infraestrutura (CBIE), a gasolina está 25% mais cara que o padrão internacional e o diesel, 22,5%.


No próximo dia 9, a Petrobras divulgará os resultados financeiros do segundo trimestre. O estrago do câmbio nas contas será amortecido pela nova contabilidade de hedge (proteção) adotada pela companhia. A crescente importação de derivados e o aumento do descompasso de preços voltam a comprometer a receita da estatal, tornando mais difícil a meta de investir R$ 92 bilhões neste ano.


"De janeiro a maio, de acordo com os dados mais recentes da Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP), o déficit da balança comercial da Petrobras chegou a US$ 14 bilhões. Foram US$ 21,4 bilhões de importações e US$ 7,4 bilhões de exportações. Essa maluquice de subsídio de preço para gasolina e diesel afeta a companhia no câmbio e no preço dos combustíveis", afirmou Adriano Pires, do CBIE.



Preços


A cotação do petróleo está relativamente estável em torno de US$ 107, mas é provável que o período de férias no Hemisfério Norte faça subir o preço em agosto, o que tornaria mais desconfortável a situação da estatal.


Sem perspectivas de novos reajustes de preços num momento em que os esforços do governo se concentram no controle da inflação, a Petrobras aposta na estratégia de venda de ativos e nos programas de redução de custos (Procop, Proef, Infralog e PRC-Poço) para garantir resultados este ano, enquanto aguarda o aumento da curva de produção apenas para 2014. Outro fator que dificulta uma eventual campanha por novos reajustes, disse Pires, é o momento político, marcado por manifestações.



Estímulo ao etanol


Neste contexto, ampliar a oferta de etanol é importante para reduzir a demanda por gasolina, que tem causado prejuízos à Petrobras devido às importações. Assim, em mais uma tentativa de aumentar a safra de cana-de-açúcar no país e, com isso, conseguir maior oferta de etanol no mercado, o BNDES reduziu os juros do Prorenova, programa de apoio à renovação e implantação de canaviais lançado em 2012 e que não vem conseguindo atrair produtores.


Os juros caíram de cerca de no mínimo 6,8% para 5,5% ao ano. Antes, além da TJLP (Taxa de Juros de Longo Prazo), de 5% ao ano, os clientes do banco pagavam remuneração de 1,3% ao BNDES e mais o spread do agente financeiro pelo risco do negócio, taxa que varia entre 0,5% a 2,5%. As micro, pequenas e médias empresas pagavam um pouco menos, com a remuneração do BNDES limitada a 0,9%.


O Prorenova continua com dotação de R$ 4 bilhões em 2013, mesmo valor oferecido no ano passado. Em 2012, apenas R$ 1,38 bilhão foram utilizados dos R$ 4 bilhões oferecidos. Os pedidos de empréstimo podem ser feitos até 31 de dezembro. O prazo de financiamento é de 72 meses, com carência de 18 meses.

 

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