Rio Oil & Gas 2008

Pré-sal é tema dominante na plenária de estréia do evento

A exploração das jazidas localizadas no pré-sal foi o tema da primeira plenária da Rio Oil & Gas 2008, atraindo, na tarde de hoje, a atenção de um grande público que lotou o auditório principal. Participaram da mesa presidida por Murilo Marroquim, da Devon Energy e do IBP, Steve Thurston, da

Redação
15/09/2008 21:14
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A exploração das jazidas localizadas no pré-sal foi o tema da primeira plenária da Rio Oil & Gas 2008, atraindo, na tarde de hoje, a atenção de um grande público que lotou o auditório principal. Participaram da mesa presidida por Murilo Marroquim, da Devon Energy e do IBP, Steve Thurston, da Chevron, Peter Voser, da Shell, e Francisco Nepomuceno Filho, gerente executivo de E&P corporativo.

 

Na abertura da plenária, o representante da Petrobras disse que as recentes descobertas mudaram a cara da Petrobras e do Brasil, e fez questão de prestar uma homenagem à engenharia da estatal e de todo o país,"pelo notável desenvolvimento obtido na exploração de petróleo e gás em águas ultraprofundas, tudo alcançado com tecnologias inovadoras", frisou.

 

Justificando sua iniciativa, Nepomuceno mostrou, com uma sequência de gráficos e mapas, a evolução do E&P desde 1977, detendo-se em marcos históricos para a petrolífera brasileira como a descoberta do Campo de Marlin, em 1984, na Bacia de Campos. "Foi aí que começou verdadeiramente nossa experiência e nossa história em águas profundas",lembrou o executivo.

 

Prosseguiu o gerente de E&P da Petrobras explicando que, de 2003 a 2006, as pesquisas da companhia começaram a sair da Bacia de Campos, tanto no rumo da costa capixaba, quanto na direção da Bacia de Santos. Neste período a companhia anunciou sucessivamente a descoberta de cinco novos campos gigantes nas novas áreas exploradas, e as reservas do país passaram de 10 bilhões de barris para 14 bilhões de barris(boe). Ainda neste período o investimento em exploração saltou de US$ 500 milhões para US$ 1,68 bilhão.

 

Em sua exposição, Nepumuceno explicou estar relembrando todas estas passagens para deixar claro que as recentes descobertas abaixo da camada de sal não aconteceram por acaso, e que hoje quanto mais fundo a Petrobras chega, mais óleo leve e grandes acumulações de gás descobre.

 

Depois de assegurar que todos os projetos pertencentes ao Plangás estão em andamento, e que a meta de produzir 40 milhões de metros cúbicos de gás por dia pode não ser alcançada até o fim deste ano, como estava previsto, mas no primeiro trimestre de 2009, Nepomuceno disse que para 2010 pode se esperar uma produção diária de gás em torno de 55 milhões de metros cúbicos.

 

Sobre o pré-sal, explicou que todos os oito poços perfurados em Santos encontraram óleo de boa qualidade, e que seis novas grandes descobertas estão sendo avaliadas. "É cedo para dizer o quanto pode se esperar delas, mas posso garantir que todas são muito promissoras", afirmou. 

 

O executivo da Petrobras disse também que todos os campos descobertos no Espírito Santo têm as mesmas características das ocorrências registradas na Bacia de Santos, e destacou que, hoje, cerca de 70% das reservas mundiais de petróleo e gás provêm de campos gigantes. "O mais interessante", assinalou, "é que com as recentes descobertas o Brasil se posicionou muito bem nesta mapa, despontando no panorama mundial como um provável futuro exportador de petróleo".

 

Depois de confirmar para março de 2009 o primeiro óleo de Tupi, Nepomuceno explicou que o desenvolvimento das novas jazidas será diferente do que foi feito na Bacia de Campos, pois o trabalho será norteado por novas concepções desenvolvidas desde então. "Faço, no entanto, questão de frisar que os dados coletados nesta primeira fase serão fundamentais na obtenção de novas tecnologias. Vamos aproveitar tudo o que aprendemos até hoje e fazer tudo diferente do que foi feito", disse.

 

Os demais participantes da plenária de estréia do evento relataram as atividades de exploração e produção tanto no Brasil como em seus países, teceram elogios ao desempenho da petrolífera brasileira, e mostraram a intenção de continuar o trabalho que vêm desenvolvendo no país diante de perspectivas tão animadoras.

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