Petroquímica

PqU acerta preço do gás e prepara expansão


15/09/2004 03:00
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A Petroquímica União (PqU) fechou acordo com a Petrobras de compra de gás de refinaria colocando fim a uma discussão que se arrastava há seis anos e que permite a expansão da empresa. A PqU deve iniciar a expansão no começo de 2005, um investimento de em mais de US$ 300 milhões.
"Nós fechamos o acordo no último dia 3 de setembro", contou o presidente da Petrobras, José Eduardo Dutra. Com o acordo de fornecimento do gás, a PqU poderá ampliar em até 40% a sua produção de eteno e polietileno, o que significa um incremento anual de 200 mil toneladas.
Ao longo das negociações, além do preço do gás, outras questões como o licenciamento ambiental e problemas de infra-estrutura estiveram no cerne das discussões.
Segundo o diretor de abastecimento da Petrobras, Paulo Roberto Costa, a PqU comprará 1,3 milhão de metros cúbicos do gás que hoje é produzido em uma refinaria da estatal em São José dos Campos, a Revap, localizada a 100 km de Santo André e Mauá, onde está instalada a PqU.
A petroquímica será a responsável pela construção do gasoduto que ligará o pólo à Revap, segundo o diretor da Petrobras. Das 200 mil toneladas de eteno, 140 mil toneladas deverão ser oriundas desse gás e ainda 60 mil toneladas geradas por nafta ou outra carga líquida. A maior parte do eteno será utilizada pela Polietilenos União, que irá construir uma nova unidade para produzir polietileno, com capacidade de 150 toneladas anuais.
Hoje, a PqU produz meio milhão de toneladas de etileno e mais de um milhão de toneladas de produtos petroquímicos por ano, além das resinas de petróleo.
O diretor da Petrobras não quis informar qual o preço negociado entre as duas companhias para a venda do gás. "Fechamos o acordo mas ainda não assinamos os contratos", justificou. A direção da PqU foi procurada, mas sua assessoria informou que somente hoje a empresa deve manifestar-se.
A Petrobras queria vender à petroquímica o gás de refinaria por um preço equivalente ao do gás boliviano. A estatal justificava a equivalência dizendo que, ao fornecer gás de refinaria à petroquímica, teria que consumir gás natural como combustível em suas refinarias. No plano original, a estatal teria que assumir a responsabilidade pela construção da infra-estrutura que levaria o insumo ao pólo. Mas nas últimas reuniões entre os representantes da PQU e da Petrobras, ficou acertado que a petroquímica assumiria o investimento em infra-estrutura para tratamento e transporte do gás, o que possibilitou um avanço no acordo.
Atualmente, o gás que é produzido na Revap pela Petrobras é queimado como combustível em fornos e caldeiras. O gás de refinaria é uma mistura de gases produzida durante a cadeia de refino do petróleo e contém 50% da massa de etano e eteno, e 50% de metano. Após a separação dos elementos, o etano e o eteno seguirão para o processo de produção da PqU, enquanto o gás metano será usado como geração de energia elétrica.

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