A inclusão ou não de refinarias da Petrobras na lista de obras que devem ser paralisadas por indícios de irregularidades acabou por adiar a aprovação do relatório do Comitê de Obras Irregulares da Comissão Mista do Orçamento. A oposição condicionou sua aprovação à inclusão das refinarias Abreu Lima, em Pernambuco, e Getúlio Vargas, no Paraná.
Com fortes críticas à estatal, os deputados Cláudio Cajado (DEM-BA) e Rogério Marinho (PSDB-RN) protestaram e pediram prazo para apresentar emendas de forma que ambas sejam incluídas no texto final. A alegação é de que a Petrobras se recusa a prestar informações sobre as obras. “A Petrobras vive um país à parte, com moral própria”, disse Marinho.
A refinaria Abreu Lima está na lista das 27 obras que o Tribunal de Contas da União recomendou que fossem paralisadas por irregularidades. Avaliada em maio pelo TCU, os técnicos apontaram sobrepreço em seis dos principais contratos em execução. Já a Getúlio Vargas não entrou nessa lista. A alegação dos governistas é de que os gestores dessas obras apresentaram documentos demonstrando que já corrigiram os erros.