Durante a posse de Victor Martins na diretoria da ANP, o diretor geral do órgão, Haroldo Lima, revela números da expansão do setor nos últimos anos. Ministra de Minas e Energia nega ter conhecimento sobre sua possível indicação para a Casa Civil.
Levantamento realizado pela Agência Nacional de Combustíveis, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP) demonstra que a participação do setor petrolífero no PIB brasileiro cresceu 318% entre 1997 e 2004. O diretor geral da ANP, Haroldo Lima, divulgou dados do trabalho nesta sexta-feira (18/06), durante a cerimônia de posse do novo diretor do órgão, Victor Martins, no Rio de Janeiro.
De acordo com Haroldo Lima, o PIB do setor petrolífero era de R$ 34 bilhões em 1997, o que correspondia a 2,7% do PIB nacional. Em 2000 e 2003, essa participação cresceu para 5,3% e 7,7%, respectivamente. O trabalho revela ainda que a participação atual corresponde a 9,05% de toda a produção nacional. Estamos muito desejosos em fazer o nosso papel e acompanhar o crescimento desse setor que cresce muito mais no conjunto da economia. Ao poder executivo brasileiro cabe definir a política, e nós devemos executar essa política. E é isso que estamos fazendo, disse o diretor geral da ANP durante seu discurso.
Em seu discurso, o novo diretor da ANP destacou a importância da criação da agência no processo de abertura do setor. A abertura do setor do petróleo pode ser controversa no aspecto da política, mas é amplamente democrática, por ser resultado de uma lei aprovada no Congresso Nacional, que faz com que eu seja homenageado como diretor da agência com num processo de consolidação da abertura de um setor nevrálgico, disse Victor Martins.
Ao dar as boas vindas ao novo diretor, a ministra de Minas e Energia, Dilma Rousseff, destacou a importância do contexto atual em que se encontra o setor petrolífero brasileiro. Acredito que a agência está sendo contemplada com um profissional com experiência reconhecida. Vive-se hoje um momento inédito nessa área, no qual a Petrobras tem a possibilidade de chegar à auto-suficiência, com exportação líquida até o final do ano, disse a ministra, que logo após a cerimônia negou ter conhecimento sobre sua possível indicação para a Casa Civil, no lugar do ex-ministro José Dirceu, que deixou o cargo na última quinta-feira.
O presidente da Petrobras, José Eduardo Dutra, negou a saída do atual diretor de Gás e Energia da estatal, Ildo Sauer, que teve a demissão pedida pelo líder do PT no Senado, Delcídio Amaral (PT-MS). O senador atribui a Sauer informações publicadas pela imprensa de que teria causado prejuízo de R$ 2 bilhões à estatal na época em que ocupou a diretoria de Gás e Energia e negociou os contratos com as termelétricas Eletrobolt e Macaé Merchant.
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