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A reunião da OPEP que estava agendada para ocorrer nesta quarta-feira (21/07) acabou sendo adiada, mas houve a confirmação de que o aumento da produção do cartel de 500.000 barris/dia ocorrerá no dia 1º de agosto. A expectativa do anúncio influenciou a queda do barril do petróleo WTI (NY) na terça-feira (20/07), sendo que o mercado esperava que houvesse uma queda adicional no dia da reunião, fato que não ocorreu.
O anúncio coincidiu com a divulgação semanal das reservas de petróleo e gasolina dos Estados Unidos que vieram bem abaixo da expectativa do mercado, e com a notícia da possível falência da Yukos (maior petrolífera russa). O pessimismo aumentou ainda mais quando o presidente da OPEP, Purnomo Yusgiantoro, anunciou que os países que compõem o cartel serão incapazes de aumentar novamente suas produções no curto prazo. Além de admitir que o preço do barril continua em um nível muito elevado, e pediu aos demais países produtores de petróleo que também aumentem sua produção para conseguir conter futuros aumentos.
As notícias negativas praticamente neutralizaram a força de baixa criada pelo aumento da produção pela OPEP, criando uma tensão generalizada no mercado em relação a uma possível ruptura no abastecimento para os principais países consumidores de petróleo.
Tendo em vista que o período crítico de consumo nos Estados Unidos é agosto, e que a produção de petróleo mundial continua sendo afetada por eventos como a possível falência da Yukos e da vulnerabilidade da produção de petróleo no Oriente Médio a atentados terroristas, não há nenhuma indicação de estabilização nos preços do barril de petróleo no curto prazo.
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