Jornal de Notícias
Argumentando, à chegada a Luanda, que a visita a Angola não se destina a "fazer cálculos" com o intuito de obter lucros, o presidente da Venezuela, Hugo Chávez, disse estar empenhado em "negociar mecanismos de cooperação política, económica e petrolífera e, dessa forma, abrir caminho para um Mundo mais equilibrado".
O petróleo é, claramente, o ponto de união entre os dois países, que, apesar de terem estabelecido relações diplomáticas em 1986, ainda não haviam celebrado qualquer acordo bilateral de cooperação. O presidente angolano, José Eduardo dos Santos, considerou haver semelhanças entre a política interna dos dois países, circunstância que, argumenta, "permitirá identificar as prioridades da futura cooperação".
Chávez, que se vem assumindo como a principal voz de oposição aos EUA na América Latina, aproveitou para reafirmar as críticas às políticas de Washington. "O Mundo é de todos, e não é uma polícia mundial que nos vai levar pela mão", disse, vincando que "Angola e Venezuela são países que podem andar pelos próprios pés".
Os dois presidentes falavam antes da abertura das negociações, que se estenderam noite dentro e deveriam culminar na assinatura de vários acordos.
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