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Petróleo fecha próximo do recorde de US$ 65 por barril

Valor Econômico/ag.
11/08/2005 03:00
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O preço do petróleo fechou perto da cotação recorde de US$ 65 por barril ontem, em Nova York, em uma sessão marcada por um rali após dados mostrarem um grande recuo dos estoques de gasolina nos Estados Unidos.
Na Nymex, em Nova York, os contratos de WTI para entrega em setembro subiram US$ 1,83, fechando em US$ 64,9 por barril, depois de atingir o valor recorde de US$ 65 por barril. Em Londres, o tipo Brent ganhou US$ 2,01, cotado a US$ 63,99 por barril. Na máxima do dia, o barril foi cotado em Londres a US$ 64,09.
"Depois de analisar os números da AIE (Administração de informação de Energia) os operadores apostaram na alta do petróleo porque os dados mostraram que o maior aumento nas reservas de petróleo bruto ocorreu na Costa Oeste", afirmou o analista Phil Flynn, do Alaron Trading em Chicago.
A Costa Oeste é geograficamente desconectada das demais regiões produtoras de petróleo nos EUA e muitas vezes alterações nos estoques desta área têm pouco efeito nos preços dos contratos negociados em Nova York.
Os estoques de petróleo nos EUA subiram 2,8 milhões de barris na última semana, para 320,8 milhões de barris, segundo a AIE.
Já as reservas de gasolina caíram 2,1 milhões de barris, para cerca de 203,1 milhões de barris. Os estoques de derivados aumentaram 2,6 milhões de barris, atingindo 129,9 milhões.
O preço médio cobrado pela gasolina nos postos dos Estados Unidos subiu 2,2 centavos de dólar, para um recorde de US$ 2,376 o galão (de 3,785 litros) ontem, segundo a AAA, a antiga American Automobile Association. Os preços estão 27% superiores aos de um ano atrás.
Analistas ouvidos pela Reuters esperavam, em média, queda de 600 mil barris nos estoques de petróleo e um recuou de 1,9 milhão de barris nas reservas de gasolina. Para os estoques de derivados, a expectativa era de um aumento de 1,7 milhão de barris na semana.
Os preços do petróleo têm subido por uma combinação de medos de um possível ataque terrorista interrompendo a oferta na Arábia Saudita, tensões a respeito do programa nuclear iraniano e os cortes nas refinarias dos Estados Unidos.
Apesar das missões americanas na Arábia Saudita terem sido reabertas ontem após dois dias de interrupção por causa da ameaça de uma ação terrorista, a possibilidade de um aumento na campanha de violência da Al-Qaeda continuou a preocupar os investidores sobre as reservas.
Enquanto isso, o Irã, segundo maior produtor da Organização de Países Produtores de Petróleo (Opep), também foi o centro de preocupações sobre seu programa nuclear.
O país reiniciou seu trabalho na unidade de transformação de urânio, desafiando os avisos da União Européia de que ele seria citado no Conselho de Segurança das Nações Unidas e com isso poderia sofrer algum tipo de sanção.
As preocupações sobre qualquer interrupção na oferta de petróleo do Oriente Médio combinaram com medos de uma redução na capacidade de refino - exacerbada por quase uma dúzia de cortes nos Estados Unidos nas últimas semanas - agravando os aumentos no preço do petróleo ao longo do dia.

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