Conjuntura

Petróleo é o grande risco para as economias

O Estado do Paraná
25/07/2006 03:00
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O grande risco para a economia mundial atualmente é ocorrer um choque de oferta de petróleo, considera o diretor-executivo do Banco Mundial (Bird), Otaviano Canuto. No entanto, se uma alta significativa do petróleo não acontecer, o cenário traçado pela instituição multilateral para a economia global é de crescimento e ajuste gradual de desequilíbrios como o alto déficit em conta corrente dos Estados Unidos. "O petróleo é o grande risco e é um risco de curtíssimo prazo", afirmou o economista, ontem, no Rio de Janeiro.

O choque do petróleo poderá ocorrer se o atual conflito entre Israel e Líbano se ampliar, atingindo grandes regiões produtoras de petróleo como Irã e Síria. Isso poderia elevar o preço do barril para além de seu recorde histórico, que, segundo Canuto, foi de US$ 83, atingido em 1979. Com o aumento da violência, o barril chegou a US$ 78,40 há alguns dias, mas baixou posteriormente para menos de US$ 75.

Para Canuto, não há risco "de a economia mundial ir para uma recessão brava em 2006 e 2007, a não ser que o preço do petróleo vá para US$ 120 ou US$ 130 ou para uma faixa estupidamente alta".

Alta - Os contratos futuros de petróleo fecharam em alta, ontem, na Bolsa Mercantil de Nova York (Nymex) e na Bolsa Internacional de Commodities (ICE, de Londres). Operadores disseram que os futuros do petróleo bruto acompanharam a alta dos futuros de gasolina, que subiram em reação a notícias de problemas em refinarias.

A refinaria da ConocoPhillips em Wood River (Illinois) está parada desde a semana passada, por causa dos danos provocados por uma tempestade. A grande refinaria de Amuay, na Venezuela, suspendeu a produção na semana passada, depois de um incêndio.

"O problema na refinaria de Illinois e o noticiário sobre a Venezuela levou os derivados a subirem, o que teve impacto nos preços do petróleo bruto", comentou o analista Phil Flynn, da Alaron Trading. Outros participantes do mercado disseram que a oposição dos EUA a um cessar-fogo imediato no conflito Israel/Líbano também contribuiu para a alta dos preços do petróleo.

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