Valor Econômico-Ag.
O Katrina, pior furacão a atingir o Golfo do México desde 1969 - e que pode ter deixado um saldo de centenas de mortos, segundo autoridades americanas - interrompeu 92% da produção de petróleo e fechou nove refinarias na região. O balanço dos danos, ainda parcial, levou a cotação do óleo em Nova York a novo recorde - US$ 69,81 o barril, após ter chegado a US$ 70,85. Os analistas prevêem que o preço poderá bater em breve na casa dos US$ 80.
Para os americanos, que já estão pagando preços recordes pela gasolina, reajustes adicionais podem levá-los a diminuir o consumo, desacelerando a economia. Uma redução de 10% na oferta de petróleo e gás natural por algumas semanas e cortes semelhantes no fornecimento de gasolina e óleo para calefação refreariam a demanda global em cerca de 3 pontos percentuais no quarto trimestre do ano e deixariam os EUA às portas de uma recessão, disse Nariman Behravesh, economista-chefe da Global Insight.
As economias da Ásia também correm o risco de desacelerar. A China, segundo maior importador de petróleo, proibiu novos contratos de processamento do óleo para exportação. Cálculos do UBS apontam que o crescimento da China em 2006, que seria de 8,2% com o óleo a US$ 50 o barril, deverá cair para 7,6%. A expansão da Índia diminuirá de 7% para 5,5%, a da Coréia do Sul, de 4% para 2,5% e a de Taiwan, de 3,5% para 2,5%
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