Distribuição

Petrobras quer a rede do Uruguai e Colômbia da Shell

Valor Econômico
30/11/2005 02:00
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A Petrobras planeja ampliar sua presença no ramo de distribuição de combustíveis na América Latina, adquirindo uma quantidade não revelada pela empresa de postos de abastecimento da Shell no Uruguai e na Colômbia. A negociação foi confirmada pelo diretor de Abastecimento da estatal, Paulo Roberto Costa, sem especificar o tamanho e nem o valor. Oficialmente, a Petrobras disse que não podia dar detalhes porque o negócio ainda não estava assinado.

Segundo o Valor apurou, a rede de postos da Shell no Uruguai é de 89 estabelecimentos. Já na

Colômbia, até recentemente o número não passava de 30. Havia dificuldades para a instalação de postos fora da área da capital, Bogotá. A Petrobras já opera em distribuição na Argentina e na Bolívia. No final de 2004 ela tinha 727 postos na Argentina e 103 na Bolívia. Costa disse que a estatal planeja assumir uma posição de liderança na América Latina e que está atenta a todas as chance para alcançar esse objetivo. "Apareceu essa oportunidade em distribuição e nós queremos aproveitar", afirmou.

No Brasil, a Petrobras, por intermédio da subsidiária BR, é líder no mercado de distribuição com uma fatia que gira em torno de 35%. Nos demais países, a estatal utiliza a sua própria bandeira, e não a da BR, restrita ao mercado interno. Mas, usualmente, ela acaba usando a experiência e o material humano da sua subsidiária na atuação internacional nesse ramo.

Ontem, após fazer palestra sobre os projetos da área de abastecimento da Petrobras para até 2010 no Clube de Engenharia do Rio de Janeiro, Costa disse também que a estatal vai deixar de importar cerca de 100 mil barris diários de petróleo a partir do primeiro trimestre de 2006 por conta de uma conversão que está sendo concluída na Refinaria Alberto Pasqualini (Refap), localizada em Canoas (RS).

A conversão, que consumiu investimento de US$ 1 bilhão, está invertendo o atual `mix` de refino da unidade, que é de 80% de petróleo leve, importado, e 20% de petróleo pesado, nacional, para 80% de óleo pesado e 20% do leve. Ao mesmo tempo, a capacidade de refino da planta está sendo ampliada de 120 mil para 180 mil barris de óleo por dia.

Ao preço atual, a economia anunciada pelo diretor da Petrobras é de cerca de US$ 5,5 milhões por dia, ou US$ 2 bilhões por ano. As novas instalações da Refap entrarão em operação paulatinamente, a partir de janeiro, devendo estarem totalmente ativadas até o final de março.

A refinaria gaúcha é a única, das que já estão prontas, na qual a Petrobras tem parceria. A unidade é 70% da estatal brasileira e 30% da espanhola Repsol. A empresa ibérica entrou na Refap em uma operação de troca que permitiu a entrada da Petrobras no mercado de distribuição de combustíveis da Argentina.

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