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A Petrobras vai voltar a investir em exploração de gás na Bolívia e deve operar o campo de Itaú, hoje sob responsabilidade da francesa Total, garante o assessor especial da presidência da República, Marco Aurélio Garcia.
A decisão é uma reviravolta na posição da empresa que, até recentemente, escaldada pela instabilidade política boliviana, afirmava estar disposta apenas a investir o necessário para manter suas atividades já existentes, nos campos de San Antônio e San Alberto. Como tudo que se refere às relações entre Brasil e Bolívia, o tema está, é claro, em negociação.
"A Petrobras vai operar os campos da Total", acredita Garcia. "O governo boliviano está disposto a dar todas as garantias necessárias para isso".
O presidente Luiz Inácio Lula da Silva pretende "bater o martelo" sobre a volta dos investimentos de peso da Petrobras na Bolívia durante o encontro que terá no fim de novembro, em La Paz, com o presidente boliviano, Evo Morales, informou Garcia. Uma fonte que acompanha a negociação para marcar a data do encontro revela que o governo brasileiro ainda não acertou o dia da reunião porque, antes, quer ter garantias de que não haverá surpresas desagradáveis para Lula durante a visita.
Fontes próximas à empresa afirmam que a decisão final dependerá de negociações também entre a Petrobras e a Total. Na semana passada, o ministro de Hidrocarbonetos da Bolívia, Carlos Villegas, teve uma reunião com o presidente da Petrobras, José Sérgio Gabrielli, e o ministro de Minas e Energia, Nélson Hubner, que irão a La Paz em, 5 de novembro para continuar as conversas. O governo boliviano sonha anunciar, em 15 de dezembro os acordos de investimento das companhias estrangeiras.