Gás natural

Petrobras já dobrou preço pago pelo gás boliviano, diz diretor da estatal

Agência Brasil
09/05/2006 03:00
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O diretor de Gás e Energia da Petrobras, Ildo Sauer, garantiu nesta segunda-feira (08/05) que a estatal brasileira já negociou com aumento superior ao acordado na assinatura do contrato. Sauer lembrou que a estatal pagava pouco mais de US$ 1 por milhão de BTUs (unidade internacional de comercialização do gás). Na última revisão contratual, aceitou a elevação do produto para US$ 3,8 por milhão de BTUs.

"Isto é mais do que o dobro do era pago antes da última revisão contratual. Então, na verdade nós estamos superavitários em relação ao preço praticado hoje pela Bolívia", afirmou. "A Bolívia não tem razão para defender aumento de preço junto à Petrobras".

Sauer foi categórico ao reafirmar que a Petrobras não trabalha com a hipótese de aumento no preço do produto. Segundo ele, assim como o país depende hoje do gás importado, a Bolívia também precisa vender gás para o Brasil, não só pelo que garante em arrecadação, mas também para viabilizar o abastecimento interno de derivados.

Sauer voltou a tranqüilizar o mercado garantindo não haver riscos de faltar gás natural para atender ao consumidor brasileiro. "Eu quero mais uma vez tranqüilizar o consumidor brasileiro de que o gás não vai faltar porque a Bolívia precisa vender ao Brasil para ter, garantida, a sua receita e também a produção de líquidos que abastece com derivados de petróleo toda a Bolívia. Não há chance de aumentar o gás, porque este aumento está vinculado a um contrato de caráter internacional e que vem sendo rigorosamente cumprido pelas partes. Nenhuma parte pode aumentar unilateralmente os preços".

Em Vitória, no Espírito Santo, o presidente da Petrobras, José Sérgio Gabrielli, ao participar da solenidade que marcou a entrada em produção da plataforma do Campo de Golfinho, também negou a possibilidade de aumento unilateral do preço do gás e informou que na próxima quarta-feira estará na Bolívia negociando com a Yacimientos Petrolíferos Fiscales Bolivianos (YPFB), a estatal boliviana do petróleo. Antes, Gabrielli estará na Venezuela onde tem encontro agendado com executivos da Petroleo de Venezuela S.A. (PDVSA) – a estatal venezuelana de petróleo.

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