GNL

Petrobras instalará navios no Pecém

O Povo (CE)
26/06/2006 03:00
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O terminal de regaseificação que a Petrobras instalará no Porto do Pecém receberá Gás Natural Liquefeito (GNL) de navios e farão a regaseificação, injetando em seguida o insumo na rede de dutos

A Petrobras optou pela instalação de navios fixos de estocagem e regaseificação (FSRU, do inglês floating storage and regasification unit) na construção dos terminais de regaseificação do Ceará, no Porto do Pecém, e do Rio de Janeiro, previstos para setembro de 2008. Estas unidades receberão o Gás Natural Liquefeito (GNL) de navios supridores e farão a regaseificação, injetando em seguida o insumo na rede de dutos.

O presidente da Companhia de Gás do Ceará (Cegás), José Rego Filho, disse que essa é a concepção do projeto que está na fase de negociação que diz respeito à contratação dos navios e do gás. O terminal do Ceará irá abastecer a Região Nordeste com o processamento de sete milhões de metros cúbicos por dia.

O critério escolhido para determinar o tipo de infra-estrutura foi o tempo. O gerente comercial da Transpetro, Clovis Garzia, informou à imprensa de São Paulo, que a construção de um terminal convencional em terra demoraria de cinco a sete anos para iniciar operação comercial. E que hoje no mundo existem apenas três empresas capazes de implantar um projeto desse porte e todas estão contratadas no momento.

Para cumprir o prazo, a Petrobras não encomendará a construção dos navios. A idéia da estatal é contratar um estaleiro para adaptar um navio antigo - de 20 a 25 anos de existência - para estocar e regaseificar o GNL, o que levaria 20 meses para ser concluído. A construção de um novo demoraria, no mínimo, três anos.

José Rego diz que a opção pela regaseificação ao invés da construção do gasoduto Gasfor II (uma duplicação paralela ao Guamaré-Pecém), um aporte de US$ 1 bilhão, foi motivada pelo volume que a empresa quer garantir, o investimento e tempo de execução menores. Destaca que o terminal de regaseificação vai assegurar o abastecimento das duas usinas termoelétricas do Pecém (Termoceará e Central Geradora Termoelétrica Fortaleza - Endesa Fortaleza), do projeto da usina siderúrgica do Ceará (Ceara Steel), além de reforçar o contrato comercial com a Cegás de 500 mil metros/dia.

O aspecto da flexibilidade foi outro ponto citado por Garzia para justificar a escolha pelo FSRU. "A construção de um terminal convencional demanda volumosos investimentos, que precisam ser remunerados. Como o mercado brasileiro de gás ainda é recente, a descoberta de um novo campo de gás poderia inviabilizar os terminais", explicou Garzia ao jornal DCI São Paulo. A estatal negocia para que o prazo de contratação do navio seja de 10 anos.

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