América do Sul

Petrobras estuda novas parcerias com a estatal da Bolívia

Agência Brasil
17/02/2006 02:00
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A estatais brasileira e boliviana de petróleo analisam sete possíveis parcerias após a eleição do presidente Evo Morales. O diretor de Gás e Energia da Petrobras, Ildo Sauer, afirmou, em entrevista exclusiva à Agência Brasil, que alguns projetos estão em estudo com a Yacimientos Petrolíferos Fiscales Boliviano (YPFB).

Sauer diz ter conversado, recentemente, com Nestor Cerveró, diretor da área Internacional da Petrobras. As negociações, ainda em andamento, prevêem a assinatura de um Memorando de Entendimento entre a Petrobras e a YFPB, no final deste mês ou início de março.

Segundo o diretor de gás e energia, as linhas de ação devem incluir sete áreas de cooperação e associação entre as duas empresas. "Estes entendimentos significam associação nas refinarias, na exploração e produção de petróleo, cooperação na área de biocombustíveis, no desenvolvimento do mercado de gás natural, na conversão veicular de gasolina e diesel para gás e até na disseminação do uso do gás natural no setor residencial boliviano", afirmou Sauer.

Estão ainda entre estas sete áreas a possibilidade de transferência tecnológica e formação de recursos humanos pelo Centro de Treinamento da Petrobras. O objetivo é formar gerentes e técnicos necessários para gerir o sistema de gás da Bolívia e desenvolver estudos sobre o complexo industrial a ser criado na fronteira, que poderá eventualmente contemplar a fábrica de fertilizantes, termoelétrica e um pólo gás-químico.

Sauer fez questão de ressaltar, porém, que os acordos só serão levados adiante se os grupos de trabalho concluírem de maneira favorável as negociações em curso. "Aí sim, será possível que investimentos desta ordem (cerca de R$ 5 bilhões). Estes recursos destinariam-se, principalmente, o complexo industrial da fronteira, e novos investimentos em exploração e produção".

No entanto, para o diretor, estes investimentos só vão se materializar se atenderam aos compromissos empresariais da Petrobras e contarem com a participação de investidores privados do Brasil e da Bolívia. "O positivo nestes entendimentos é que eles abrem perspectivas para novas oportunidades de negócios, em um ambiente já estabilizado na Bolívia", avaliou. "Mas nada está concretizado. Estamos apenas no rearranjo do namoro".

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