Gazeta Mercantil/EFE
O Governo da Bolívia enviará hoje ao Brasil uma delegação para realizar a última reunião programada entre os dois países na discussão sobre a nova tarifa do gás boliviano, informou ontem o ministro de Hidrocarbonetos do país andino, Andrés Soliz. Segundo o funcionário, a missão que viaja ao Rio de Janeiro será liderada pelo vice-presidente da empresa estatal Yacimientos Petrolíferos Fiscales Bolivianos (YPFB), Juan Carlos Ortiz. "É uma reunião muito importante, porque é a última entre os dois Governos para acertarmos os preços", disse Soliz.
Desde julho, a Petrobras paga US$ 4 por milhão de BTU (Unidade Térmica Britânica), mas a Bolívia quer aumentar o preço para US$ 7,5, valor médio no Brasil dos combustíveis que foram substituídos pelo gás boliviano. Ambos os Governos e suas empresas estatais, YPFB e Petrobras, começaram as conversas dia 29 de junho e, desde então, realizaram três reuniões, nas quais a estatal brasileira rejeitou o pedido boliviano.
O ministro Soliz afirmou que no novo encontro do Rio de Janeiro os dois Governos podem decidir prolongar as conversas se chegarem a um acordo ou, finalmente, recorrer a uma arbitragem internacional que solucione o problema. No entanto, segundo a autoridade, há "uma posição cada vez mais compreensiva do Brasil em relação à possibilidade de aumentar os preços pagos pelo gás natural".
A Petrobras importa 24 milhões de metros cúbicos diários de gás e fará investimentos apenas para garantir o aumento do volume até os 30 milhões, segundo o diretor internacional da empresa, Néstor Cerveró. Soliz afirmou não se preocupar com essa postura, já que garante o cumprimento do contrato vigente entre ambos os países.
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