Substituição das exportações economizariam gastos com custos de transportes, que sofreram aumento no ano passado.
A Petrobras deverá registrar um ganho de até 10% com a venda local da gasolina que deixará de exportar para atender à redução do percentual de álcool anidro no combustível vendido ao consumidor, de 25% para 20%, conforme planejado pelo governo. A afirmação foi feita nesta terça-feira (21/2) pelo diretor financeiro da companhia, Almir Barbassa, durante teleconferência com investidores para apresentar os resultados da Petrobras em 2005.
Segundo Barbassa, o ganho seria proporcionado com a economia de frete, cujos preços tiveram forte aumento no ano passado, e com o fato de não precisar seguir as especificações de qualidade de mercados consumidores como os Estados Unidos, por exemplo, que exigem menor nível de enxofre no combustível. Caso o percentual de álcool seja mesmo reduzido, isso será bom para a companhia porque poderemos vender no mercado local sem precisar arcar com os custos de transporte, disse o executivo, acrescentando que a mudança pretendida pelo governo não deverá resultar em aumento para consumidor, uma vez que a gasolina tem melhor rendimento do que o álcool.
De acordo com estimativas do governo, o plano de mudança na composição do combustível reduziria em aproximadamente 1,5 bilhão de litros anuais o volume de álcool anidro adicionado na gasolina. A decisão, que deverá ser tomada até o final desta semana, é uma reação à atitude de usineiros que não cumpriram o acordo no qual se comprometeram em fixar o preço do álcool em R$ 1,05 no atacado.
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