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O presidente da Petrobras, Sérgio Gabrielli, confirmou hoje em Roma, onde participa do Congresso Mundial de Energia, que a empresa desistiu de participar do projeto envolvendo o campo de gás natural Mariscal Sucre, na Venezuela. Depois de analisar a proposta, disse Gabrielli, a Petrobras chegou a conclusão de que não haveria vantagens para a companhia. A declaração foi confirmada pela assessoria de imprensa à Dow Jones Newswires.
A Petrobras pretendia desenvolver o projeto, que de acordo com seus cálculos teria um custo estimado entre US$ 2,5 bilhões e US$ 3 bilhões, em conjunto com a estatal venezuelana PDVSA. As duas empresas, no entanto, nunca assinaram um compromisso formal sobre Mariscal. Em suas declarações, Gabrielli não detalhou os motivos técnicos que levaram o grupo a se retirar do projeto.
Em setembro passado, porém, o diretor da área international da Petrobras, Nestor Cerveró, já havia afirmado que a petrolífera e a PDVSA tinham "concepções diferentes sobre o destino das vendas de gás". Enquanto a Petrobras gostaria de vender a maior parte do gás extraído de Mariscal na forma de gás natural liquefeito (GNL), a PDVSA se mostrou interessada em vender o produto no seu mercado doméstico, na Venezuela. No mercado doméstico, o gás deve alcançar um preço bem inferior ao do GNL vendido nos mercados internacionais.