Visualizações:
54
A Petrobras recusou planos de ajudar a desenvolver o campo de gás natural em águas profundas de Mariscal Sucre, na Venezuela, origem do pretendido gasoduto de US$ 20 bilhões até o Brasil, via Região Amazônica. A Petróleos de Venezuela SA (PDVSA) e a Petrobras estudaram planos de enviar 50% da produção do campo, de 34 milhões de metros cúbicos ao dia, para o Brasil.
O duto daria início ao "Grande Duto do Sul" idealizado pelo presidente da Venezuela, Hugo Chávez, uma rede de 5 mil quilômetros de distribuição das reservas de gás venezuelanas, as maiores da América do Sul, pela região. A Petrobras e a PDVSA estão negociando mais de US$ 6 bilhões em projetos conjuntos de refino e exploração.
A Petrobras não é a primeira empresa a decidir se retirar do plano de Mariscal Sucre. A Royal Dutch Shell Plc e a Mitsubishi Corp. planejaram desenvolver o campo no início desta década e a Shell cogitou retornar ao projeto ainda em 2005. A PDVSA disse que a petrolífera estatal do Catar estava próxima de assumir uma participação de 9% no projeto em 2003. A Exxon Mobil Corp. tinha uma participação de 29% em Mariscal Sucre até 2002. No último dia 26 de outubro, a PDVSA contratou a Neptune Marine Oil & Gas Ltd. para perfurar 21 poços em águas profundas por US$ 785 milhões.
A Gazprom, o monopólio petrolífero da Rússia, está disputando os direitos para desenvolver o campo juntamente com a Plataforma Deltana e a Delta Caribe Oriental, informou a agência Interfax no último dia 29 de outubro. A PDVSA informou a 26 de outubro que desenvolveria o campo para uso interno.