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Os novos investimentos que a Petrobras pretende fazer na Bolívia incluem exploração de novas áreas de gás, mas não contemplam a ampliação do gasoduto utilizado atualmente, disse ontem o presidente da companhia, José Sérgio Gabrielli. Segundo ele, o objetivo da empresa não é elevar o volume de gás que é enviado pela Bolívia ao Brasil, mas apenas manter no longo prazo a carga de 30 milhões de metros cúbicos por dia estipulada em contrato.
"Todo campo de gás atinge um pico de produção e depois declina, e é um declínio rápido", disse Gabrielli a jornalistas em Brasília. "Então precisamos de ações para manter a potência dos campos. Ou se aumenta a técnica ou se descobrem outros campos. Os 30 milhões de metros cúbicos exigem novos campos, e novas tecnologias, exige investimento", afirmou. "Não há planos de aumentar o Gasbol (gasoduto Brasil-Bolívia) nesse momento", disse Gabrielli, acrescentando que não dispunha ainda de números sobre os investimentos, que ainda estão sendo analisados.
Encontros técnicos. Reuniões técnicas entre a Petrobras e a estatal boliviana YPFB estão sendo realizadas para a definição dos novos planos no país e um encontro maior, com diretores, será realizado na semana de 26 a 30 deste mês.
Questionado se os novos investimentos em exploração sem aumento do gasoduto não levariam a um saldo a ser utilizado pela Bolívia para outros fins, Gabrielli respondeu que essa é uma possibilidade. "Vamos investir na capacidade exploratória. Se tivermos sucesso, e for mais do que o contrato do Brasil, é evidente que a produção será maior."
O presidente da estatal afirmou que a oferta de gás no momento e para os próximos anos será suficiente para atender a toda a demanda contratada e que não afetará o crescimento econômico. "A demanda brasileira de 42 a 44 milhões de metros cúbicos está sendo atendida e vai continuar sendo atendida no período de 2007 a 2012."