P-54 Batismo

Petrobras batiza plataforma para o Campo de Roncador

A Petrobras realizou na tarde de terça-feira (21), no estaleiro Mauá-Jurong, na Ponta da Areia, Niterói, a cerimônia de batismo da plataforma P-54, unidade do tipo FPSO que integrará o projeto de desenvolvimento do Campo de Roncador, na Bacia de Campos. Com conteúdo nacional de 62%, a P-54 cus

Redação
21/08/2007 03:00
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Com capacidade de processar 180 mil barris por dia e comprimir 6 milhões de metros cúbicos de gás e estocar até 2 milhões de barris, ela foi construída a partir da conversão do casco do Barão de Mauá, navio da frota da Petrobras. Segundo a estatal, foi a segunda plataforma construída com os novos índices de nacionalização. A primeira foi a P-52, batizada em junho desse ano e que está em fase final de testes par seguir para a Bacia de Campos.



À cerimônia de batismo estiveram presentes o presidente da Petrobras, José Sérgio Gabrielli, o vice-governador do Rio de Janeiro, Luiz Fernando Pezão, representando o governador Sérgio Cabral; o prefeito de Niterói, Godofredo Pinto, o vice-presidente senior do grupo Jurong Shipyard, Don Lee, e vários diretores da petrolífera. A nova unidade teve como madrinha Maria Alice Ferreira Deschamps Cavalcanti, gerente executiva do setor tributário da Petrobas.



Em seu discurso, o presidente da Petrobras, José Sergio Gabrielli de Azevedo, destacou o desafio que a empresa vem colocando para o setor industrial brasileiro, ao anunciar um investimento de US$112,4 bilhões que, segundo o Plano Estratégico divulgado recentemente, será feito até 2012.



Durante entrevista concedida no estaleiro, o diretor de Exploração e Produção da Petrobras, Guilherme Estrella, destacou o esforço da companhia para implementar um plano estratégico que envolve o investimento de US$ 70 bilhões em vários projetos, e ressaltou que a P-54 contará 41 meses desde a assinatura do contrato até a retirada do primeiro óleo, "prazo menor do que vem sendo praticado em todo o mundo".



Auxiliado por outros executivos da estatal, como Antonio Carlos Justi, gerente de empreendimentos para Roncador, e José Antonio de Figueiredo, gerente executivo de E & P Sul/Sudeste, Estrella explicou que o encarecimento da plataforma - primeiramente orçada em US$ 650 milhões mas concluída por US$ 900 milhões -se deveu à evolução de custos enfrentada pela indústria petrolífera mundial, o que, segundo ele, tem abortado diversos projetos no mundo todo.



"Algumas agências internacionais já prevêem que esta pressão deve se dissipar ao longo de 2008. O importante é atentar para o fato de que nossa produção se mantém em crescimento, e a entrada em operação da P-54 é mais uma garantia de atingirmos a meta de 2 milhões de barris/dia até o fim do ano", disse.



Estrella, destacou ainda a importância das obras contratadas pela Petrobras para a formação de mão-de-obra especializada e a consolidação da indústria naval brasileira. "A retomada da indústria naval requereu um grande esforço de formação de pessoal cuja capacitação vem melhorando a cada projeto. O Prominp (Programa de Formação de Mão-de-obra para a Indústria Naval) contribui para isto. É importante lembrar que os projetos da Petrobras preparam a indústria naval para competir internacionalmente".



O Campo de Roncador, localizado na área norte da Bacia de Campos, a cerca de 125 km do Cabo de São Tomé, foi descoberto em outubro de 1996, possui uma área de 111 km² e está sob uma lâmina d`água (LDA) que varia de 1.500 a 1.900 metros. Com reservas de 3,3 bilhões de boe, espessura de reservatório de até 200 metros e óleo entre 180 e 311 API, considerado leve para grandes profundidades, Roncador é uma das jóias da Petrobras.



Devido à extensão da área e ao grande volume de hidrocarbonetos, o desenvolvimento da produção do Campo de Roncador foi planejado para ocorrer em 4 módulos. A P-54 vai atuar no chamado Módulo 2, sendo ancorada em LDA de 1.400 m e dotada de facilidades de produção para processar e tratar 180.000 bpd de óleo, comprimir 6,0 milhões de m³/d de gás, além de capacidade para injetar 39.000 m³/d de água. Dezessete poços serão interligados à plataforma, sendo 11 produtores e 6 injetores de água. O escoamento do óleo será feito através de um navio aliviador, enquanto o gás será escoado através da Plataforma de Garoupa (PGP-1).





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