O mercado de gás no Brasil está atendido neste ano, mas a Petrobras espera que, até 2014, haja um crescimento médio anual de 7,4%.
Em razão dessas projeções, a empresa diz confiar que terá mercado para os 18 milhões de m3/dia que a unidade de Caraguatatuba poderá processar. É um terço do consumo do país.
Antes da crise de 2008, a empresa pretendia até adiantar a exploração dos campos Mexilhão e Uruguá-Tambaú, mas abandonou os planos. O nível de consumo só começou a ser retomado no segundo trimestre deste ano.
Entretanto, conforme nota da empresa, será necessário ampliar e integrar as redes de gasodutos, para transportar o gás de Caraguatatuba (litoral norte de SP) a outros mercados consumidores do país.
Criticada pelo suposto alto preço do gás que distribui, a Petrobras afirma que as queixas não procedem e que, na comparação com o óleo, concorrente direto do gás no consumo industrial, seu produto é competitivo.
Também afirma que a comparação com o produto da Bolívia não é um parâmetro adequado, porque o sistema de fixação de preços tem componentes diferentes.
Hoje, ainda segundo a empresa, o gás nacional tem valor médio de 80% do óleo combustível -proporção que chega a 58% em SP-, nos contratos de longo prazo.
Caso as cotações do gás nacional não fossem favoráveis ao uso industrial, segue a Petrobras, o consumo não subiria ao ritmo de hoje.
Os terminais do Rio e do Ceará, que ficaram praticamente paralisados, já retomaram suas operações, afirma a empresa.