Rio Oil & Gas

Petrobras admite antecipar nova refinaria

Crescimento de até 3,5% do consumo de derivados neste ano poderá determinar antecipação do projeto. Para isso, taxas de consumo teriam que permanecer em 2005 e 2006, diz diretor de Abastecimento da empresa, Paulo Roberto Costa. Segundo Costa, Petrobras também definirá em dezembro deste ano det


04/10/2004 03:00
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Diante de um aumento acima do esperado do consumo de deriva-
dos no país neste ano, a Petrobras já admite antecipar para
antes de 2010 a construção de uma nova refinaria no país. O
diretor da Área de Abastecimento da empresa, Paulo Roberto
Costa, afirmou que o investimento se tornará necessário ca-
so se mantenha, em 2005 e 2006, as mesmas taxas de cresci-
mento de demanda verificado neste ano.
O executivo revelou que no primeiro semestre deste ano a em-
presa identificou uma taxa de 3% do consumo de derivados,
enquanto para o segundo semestre é esperada um resultado de 3,5%.
"Se o crescimento permanecer neste ritmo, certamente teremos
que rever nosso planejamento. Nesse caso, teremos duas alter-
nativas: ou aumentamos as importações ou construímos uma nova
unidade de refino", anunciou Costa no primeiro dia da Rio Oil
& Gas.
O planejamento estratégico da Petrobras prevê a definição da construção de uma nova refinaria para 2007, o que tornaria sua viabilidade possível apenas entre 2010 e 2011. Caso tenha que antecipar o empreendimento, no entanto, Costa admite que terá que definir os detalhes do projeto em 2005 ou 2006. Nesse caso, a nova refinaria ficaria pronta antes de 2010.
O diretor da Petrobras também afirmou que a Petrobras tem in-
teresse de participar do projeto apenas como minoritária. Nes-
se caso, justificou, a companhia estaria aberta a negociações
com potenciais parceiros. Ele, no entanto, não especificou se os parceiros seriam privados ou estatais.
Costa confirmou, ainda, que definirá até dezembro os estudos
sobre o novo complexo petroquímico que deverá ser construído
em parceria com a iniciativa privada. Avaliado por alto em US$
3,5 bilhões, o novo empreendimento é a solução imaginada pela
empresa para aproveitar o óleo pesado da Bacia de Campos na
produção de propeno, matéria-prima petroquímica utilizada na
fabricação de polipropileno.
Em razão de um suposto acordo de confidencialidade firmado
com os potenciais parceiros, o executivo não quis revelar o
nome do parceiro. Em dezembro de 2003, o principal executivo
do grupo Ultra, Paulo Cunha, admitiu para a TN Petróleo que tem
interesse em construir o empreendimento com a Petrobras, a quem
teria, inclusive, entregado a proposta tecnológica do projeto.
O diretor-superintendente da divisão petroquímica do grupo Su-
zano de Papel e Celulose, Armando Guedes Coelho, disse que
também tem interesse no empreendimento, embora tenha afirmado
que a participação da empresa no projeto depende de algum
tipo de arranjo financeiro. Por envolver uma nova tecnologia,
os grupos interessados exigiriam, segundo o executivo, algum
tipo de garantia por parte da Petrobras.

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