Internacional

Para diretor da IEA, Opep elevará cotas de produção

Os países-membros da Organização dos Países Exportadores de Petróleo (Opep) devem elevar as cotas de produção na reunião de junho para ajudar a restaurar os estoques mundiais de óleo, disse ontem o diretor da Agência Internacional de Energia (IEA).

Gazeta Mercantil / R
30/04/2004 03:00
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Os países-membros da Organização dos Países Exportadores de Petróleo (Opep) devem elevar as cotas de produção na reunião de junho para ajudar a restaurar os estoques mundiais de óleo, disse ontem o diretor da Agência Internacional de Energia (IEA). "Eles precisam dar um sinal que irão reduzir os preços para permitir a restauração dos estoques", disse o diretor executivo da IEA, Claude Mandil, durante uma conferência. Perguntado se isso significa que a Opep deve elevar a produção na próxima conferência em junho, em Beirute, respondeu: "Eu definitivamente acredito que sim".
Mandil não forneceu os números do volume extra de óleo necessário, mas disse que, para estimular a restauração de estoques, o mercado precisa sair da "backwardation", quando o óleo bruto para entrega imediata é mais caro do que o para entrega posterior, e ir para o "contango", quando os preços para entrega imediata são mais baratos.
O argumento da Opep, porém, é que os estoques de óleo são agora suficientes e que a escassez só está nos estoques de produtos de óleo refinados, especialmente de gasolina norte-americana. Mas Mandil disse que os níveis de estoque não permitiam a necessária "margem de segurança". "Se ocorrer algo inesperado, poderá haver uma verdadeira crise do petróleo", disse. Os preços para o óleo bruto doce e leve norte-americanos subiram acima de US$ 37 o barril no mercado de futuros de Nova York, enquanto que os contratos de futuros do óleo bruto tipo Brent negociados em Londres nessa semana alcançaram aproximadamente US$ 35 o barril, o preço mais alto em três anos e meio.
Mandil argumentou que o preço atual poderia ter sido evitado se a Opep tivesse aumentado a produção há seis meses, quando já era possível prever que o sistema de refinaria dos EUA estava sendo pressionado pelas novas especificações de combustível de combustão mais limpa. "É muito mais difícil resolver a situação do mercado agora", afirmou. Fora a escas-sez no sistema de refinaria dos Estados Unidos, a expansão da demanda chinesa também foi oferecida como uma explicação para o atual vigor do mercado.
Falando na China há duas semanas, o principal analista da IEA, Antoine Halff, disse que a demanda de petróleo da China em 2004 pode subir em um milhão de barris por dia ou mais em 2004. Isso representaria uma grande revisão de alta das projeções oficiais da IEA.

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