Os 13 membros da Organização dos Países Exportadores de Petróleo (OPEP) aumentaram a sua produção coletiva de petróleo bruto em 300 mil barris por dia (b/d) em julho, chegando a uma média de 32,77 milhões de b/d no mês, conforme uma pesquisa recém-divulgada feita pela Platts com autoridad
PRNewswire/ PlattsExcluindo-se o Iraque, os 12 membros signatários de acordos de produção produziram em média 30,31 milhões de b/d em julho, ou 330 mil b/d a mais que os 29,98 milhões de b/d de junho, e 637 mil b/d a mais que a meta de 29,673 milhões de b/d, conforme mostrou a pesquisa.
"É notável que, subitamente, com o aumento da produção, as autoridades da OPEP estejam preocupadas com a adesão a cotas e a uma oferta acima da demanda", disse o diretor global de petróleo da Platts, John Kingston. "Entretanto, se olharmos para o quarto trimestre, a menos que haja um declínio mais significativo da demanda, o mundo precisará do petróleo da OPEP para evitar um uso maior dos estoques do que é normal no quarto trimestre. Usar os estoques em uma quantidade assim teria uma tendência muito grande a aumentar os preços".
Elevações no Irã, Kuwait, Nigéria e Arábia Saudita, totalizando 390 mil b/d, foram parcialmente compensadas por reduções na Líbia e no Iraque. O maior aumento veio da Arábia Saudita, que cumpriu a promessa de ampliar a produção de 9,45 milhões de b/d em junho para 9,7 milhões de b/d em julho.
A produção da Nigéria também ganhou um novo impulso, incrementando os volumes em 100 mil b/d em julho e atingindo uma média de 1,9 milhão de b/d no mês. A produção nigeriana de petróleo já estava mostrando sinais de melhora nos primeiros dias de agosto, com uma média de mais de 2,1 milhões de b/d.
Contudo, fontes e autoridades petroleiras da Empresa Nacional de Petróleo da Nigéria disseram na semana passada que o volume de petróleo bruto ainda indisponível por causa de ataques de grupos militantes e problemas técnicos nos campos de petróleo do sul era de 1,533 milhão de b/d.
Os volumes da Líbia, que já haviam caído em maio e junho por causa de consertos no campo da Total em al-Jurf, caíram ainda mais em julho em função de trabalhos de manutenção em um oleoduto que liga os campos de Waha e Defa.
A principal autoridade do setor de petróleo da Líbia, Shokri Ghanem, que comanda a Empresa Nacional de Petróleo, afirmou à Platts na semana passada que os trabalhos no oleoduto e no campo continuariam mais algumas semanas. Os volumes do Iraque caíram 30 mil b/d e ficaram em 2,46 milhões de b/d.
Ministros da OPEP se reunirão no dia 9 de setembro em Viena. Os preços futuros do petróleo bruto nos mercados internacionais caíram cerca de 20% em relação aos valores recordes de mais de US$ 147 por barril do início de julho. Alguns ministros já falam de uma possível intervenção se os preços continuarem caindo acentuadamente.
O ministro do petróleo do Irã, Gholamhossein Nozari, disse no início do mês que, se os preços continuassem caindo, a reunião de Viena se concentraria em uma adesão mais rígida às metas de produção. Já o seu colega do Catar, Abdullah al-Attiyah, disse que a OPEP estava pronta para intervir para restaurar o equilíbrio de mercado se percebesse uma oferta superior à demanda.
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