Plataforma

P-43 chega 18 meses após prazo

Jornal do Brasil
23/09/2004 03:00
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Depois de um ano e meio de atraso, será lançada ao mar, no próximo dia 9, a plataforma de exploração da Petrobras chamada P-43, que irá operar no campo de Barracuda, na Bacia de Campos. A unidade, que teve a conversão do casco feita em Cingapura, está recebendo os últimos módulos para o início de suas operações no estaleiro Mauá-Jurong Ultratec, em Niterói.
De acordo com o diretor de Exploração e Produção da Petrobras, Guilherme Estrella, o primeiro óleo da plataforma, que já é comercial, deve ser retirado em 11 de novembro. A P-43 tem capacidade de processamento de 150 mil barris/dia e de compressão de 60 milhões de metros cúbicos de gás.
Com a entrada em operação da P-43 e do FPSO Marlim Sul (já em funcionamento), a Petrobras pretende bater o recorde de produção no segundo semestre deste ano, com processamento de 1,7 milhão de barris diários (média de 1,573 milhão de barris-dia). Este montante, de acordo com Estrella, corresponde a um crescimento de 40 mil barris/dia em relação ao mesmo período do ano passado.
- Tivemos problemas pontuais na produção de petróleo durante os primeiros seis meses do ano, mas o segundo semestre será histórico para a empresa - acrescentou o diretor financeiro da Petrobras, Sérgio Gabrielli.
Além das duas unidades, a Petrobras também tem como trunfo rumo à auto-suficiência o início das operações da P-48 (Caratinga), que também tem capacidade de produção de 150 mil barris/dia. A exemplo do que aconteceu com a P-43, a plataforma também está com o cronograma atrasado. Ambas foram encomendadas à KBR, subsidiária do grupo Halliburton, que hoje trava batalha financeira milionária em torno do assunto com a estatal.
A plataforma P-48 está em processo de montagem no estaleiro Fels Setal, em Angra dos Reis, no Sul Fluminense. A previsão da direção da Petrobras é de que a unidade seja entregue dia 15 de dezembro, com o início de operação previsto para 17 de janeiro. O pico de produção das duas plataformas (Caratinga-Barracuda), de acordo com Estrella, deverá ser alcançado em meados de 2005.
Somadas a produção da P-34 (prevista para 2005), da P-43 e da P-48, a Petrobras está revendo a auto-suficiência para o fim do ano que vem.
- Com o aquecimento da curva de consumo observada até agora e com o crescimento da produção em 2005, cuja média diária projetada é de 1,74 milhões, alcançaremos a auto-suficiência até o fim do próximo ano - disse Estrella, rebatendo indiretamente as projeções de analistas sobre uma possível queda na produção anual, que seria inédita há 13 anos.
De acordo com o executivo, a estatal já levou em consideração o crescimento de 6% da demanda registrado no país ao longo do primeiro semestre do ano e trabalha com uma expansão de consumo em torno de 2,4% ao ano, diante de um crescimento do Produto Interno Bruto da ordem de 4%.

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