América Latina

Outubro agitado no setor energético

O congresso argentino votou a favor da criação da estatal local de energia, a Enarsa; no Equador, a exploração racional do petróleo passa a ser política de governo; e na Bolívia, continuam negociações entre governo e empresas sobre acordos de exploração de gás natural e o mercado se prep

Redação com ag. in
28/10/2004 03:00
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O mês de outubro está agitado no setor energético da América Latina. O congresso argentino votou a favor da criação da estatal local de energia, a Enarsa; no Equador, a exploração racional do petróleo passa a ser política de governo; e na Bolívia, continuam negociações entre governo e empresas sobre acordos de exploração de gás natural e o mercado se prepara para a participação da chinesa Shengli. Também foi encontrado gás natural na costa chilena e, em Trinidad e Tobago, o governo questiona os contratos de exportação de gás natural liqüefeito (GNL).
A Enarsa nasce com a finalidade declara de recuperar o espaço cedido a grandes petroleirs transnacionais e passa a ter a titularidade de todas as áreas marítimas de petróleo e gás que não estão sob concessão. A lei aprovada pelo congresso argentino dipõe que empresa será uma sociedade anônima com 53% nas mãos do governo federal, 12% para as provínias e 35% será de capital aberto, com cotação na Bolsa de Valores.
Na decreto assinado pelo presidente equatoriano, Lúcio Gutiérrez, sobre a política de Estado para a exploração de hidrocarbonetos, estão definidos os objetivo de manter a relação reserva-produção com uma visão de longo prazo de pelo menos 25 anos e de fazer com que o Equador deixe de ser importador para ser exportador de petróleo. O governo local também pretende incentivar o desenvolvimento científico e tecnológico, a participação da indústria nacional e a sustentabilidade ambiental nos projetos petrolíferos.   
Na Bolívia, enquanto os empresários petroleiros protestam contra a nova lei de hidrocarbonetos que exige o pagamento de 50% dos rendimentos em impostos e royalties, a petroleira chinesa Shengli Oilfield Internacional Exploit aceitou a condição de sócia minoritária (49,51%) nas sociedades de propositos espeficos que serão abertas com a estatal boliviana (YPFB) para investimento em sete projetos energéticos no país andino. 
Segundo a BNAmericas, o investimento da petroleira chinesa poderia "ultrapassar muito os US$ 1.500 milhões anunciados anteriormente", quando firmou o acordo de entendimento com a estatal boliviana. A agência informou que o presidente da Shenli, Nie Shaoguang, se reuniu com o presidente de Bolívia, Carlos Mesa, no dia 20 de outubro.
Cientistas das universidades Católica e de Concepción, a borde de um barco das forças armadas chilenas descobriram mostras de hidrocarbonetos que poderiam revelar a existência de uma grande jazida de gás natural que estaria localizada próxima à costa, entre Valparaíso e Concepciõn, informou um dos participantes da missão. Este é o terceiro cruzeiro exploratório realizado no Chile e o governo local já faz planos de auto-suficiência.
O ministro de Energia de Trinidad y Tobago, Eric Williams, afirmou que seu governo planeja renegociar seus contratos de produção compartida para o GNL exportado desde o projeto da Atlantic LNG "já que as condições dos contratos mudaram". O governo quer uma porção maior do negócio já que a carga de GNL com destino a Espanha está sendo desviada para ser vendida nos Estados Unidos a um preço mais alto nos Estados Unidos (US$5,66 por milhão de BTU). Na Espanha o GNL é vendido a US$ 3,03 por milhão de BTU. Segundo o governo trinitense, a Atlantic LNG continua pagando os impostos como se o gás estivesse sendo vendido à Espanha.

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