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Os três primeiros trimestres de 2011 registram novo recorde no número de fusões e aquisições

Confirmando que os negócios em fusões e aquisições no Brasil estão aquecidos este ano, uma pesquisa realizada pela KPMG registrou novo recorde no número de transações entre janeiro e setembro. Foram 606 operações nos nove primeiros meses do ano, resultado 14% maior do que o registrado no m

Redação
14/10/2011 17:51
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Confirmando que os negócios em fusões e aquisições no Brasil estão aquecidos este ano, a Pesquisa de Fusões e Aquisições da KPMG registrou novo recorde no número de transações no período entre janeiro e setembro. Foram 606 operações nos nove primeiros meses do ano, resultado 14% maior do que o registrado no mesmo período de 2010, quando aconteceram 531 operações (recorde anterior para igual intervalo).

As transações domésticas (de empresas brasileiras adquirindo companhias brasileiras) foram predominantes, e mantiveram-se em um patamar elevado, com 293 acordos, contra 244 nos primeiros nove meses do ano passado. Somente no terceiro trimestre foram verificadas 118 transações domésticas, representando um crescimento de 27% em relação ao trimestre anterior (93 transações) ou de 42% em relação ao mesmo trimestre de 2010, quando foram verificadas 83 transações.

“Realmente este trimestre apresentou uma aceleração no número de operações lideradas por empresas brasileiras”, afirma Luis Motta, sócio da área de Fusões e Aquisições da KPMG no Brasil. Vale lembrar que o terceiro trimestre de 2011 registrou o segundo melhor resultado trimestral de toda a série histórica da pesquisa, iniciada em 1994, ficando atrás apenas do terceiro trimestre de 2007, quando foram anotadas 237 operações.

Entretanto, o processo de internacionalização das companhias brasileiras registrou queda de 10%. Foram 47 transações CB2 (de empresas brasileiras adquirindo estrangeiras no exterior) nos nove primeiros meses de 2011, contra as 52 em igual período de 2010. Já as operações CB3 (de brasileiras adquirindo estrangeiras no Brasil) também deram uma arrefecida nestes nove meses, com 21 acordos, contra os 27 do mesmo intervalo de tempo no ano passado.

O estudo, que leva em consideração as transações de fato fechadas e divulgadas, também mostrou que as aquisições realizadas por estrangeiras tiveram forte crescimento. O número de operações CB1 (empresas estrangeiras adquirindo brasileiras no país) aumentou 26% de janeiro a setembro contra o mesmo período em 2010: foram 157 acordos, contra 125. O crescimento das transações CB4 (estrangeiras adquirindo estrangeiras estabelecidas no Brasil) foi de 9%, somando 82 aquisições nos três primeiros trimestre deste ano, contra 75 do período similar em 2010.

"Nossa interpretação é a de que o principal interesse de aquisições pelas empresas brasileiras e pelas estrangeiras está no mercado local, o que tem impulsionado a aquisição das empresas brasileiras por ambos e, de certa forma, desestimulado os estrangeiros a se desfazerem de seus negócios no Brasil”, acrescenta o executivo.

Nos nove primeiros meses do ano, os setores que se destacaram com número maior de transações foram os de: Tecnologia da Informação, com 66 negócios; Midia e Telecomunicações, com 44; Imobiliário, com 35; e Alimentos, Energia, e Empresas Prestadoras de Serviços, com 30 cada um.
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