Redação/Assessoria
Com uma produção reduzida, em torno de 140 mil barris/dia, a exploração de óleo e gás em áreas terrestres no país deve ganhar novo impulso. O projeto Topázio – venda de ativos da Petrobras – e os dois leilões da ANP para esse segmento, com áreas terrestres, possibilitarão a entrada de novos players no mercado. Diante do crescente interesse no tema e da oportunidade de desenvolvimento do onshore no país, o Sistema Firjan promoveu na última sesta-feira (10/03) o ‘Workshop Onshore no Brasil’ para avaliar o melhor direcionamento da indústria nesta retomada.
Vice-presidente da Federação, Raul Sanson destacou que a produção terrestre brasileira está muito distante de países próximos, como Argentina e Equador. No entanto, segundo ele, a partir do interesse do governo em retomar essa atividade, a indústria também tem interesse em participar, abrindo um novo campo de negócios, principalmente para um grupo de pequenas e médias empresas. “Há uma mensagem otimista na oportunidade que se está criando, com a possibilidade de triplicar a produção. É uma fase de quebrar paradigma” afirmou.
Segundo o diretor da Agência Brasileira de Desenvolvimento Industrial (ABDI), Miguel Nery, é importante ter um programa robusto para fortalecer o encadeamento produtivo. Para ele, o cenário é de retomada dos investimentos, contribuindo com o desenvolvimento local de toda a cadeia de fornecedores.
O diretor da Agência Nacional do Petróleo, Gás e Biocombustíveis (ANP), José Gutman confirmou a realização de 10 rodadas de licitações nos próximos três anos, com destaque para a 4ª rodada de áreas com acumulações marginais em maio. Ele mencionou ainda a criação da Coordenação de Áreas Terrestres, do Comitê Permanente de Análise de Contratos de Petróleo e Gás Onshore e Offshore e do Programa de Extensão de Contratos das Rodadas já realizadas.
Já o diretor de Exploração e de Produção de Petróleo e Gás do Ministério de Minas e Energia, João Vicente Vieira, fez uma explanação sobre as etapas do programa de revitalização das atividades de exploração e produção de petróleo em áreas terrestres (Reate), com o objetivo de reverter à curva decrescente do segmento. Falou também da disponibilidade do governo ao diálogo e também citou o cronograma de leilões de licitação até 2019. O secretário executivo da Associação Brasileira dos Produtores Independentes de Petróleo e Gás (ABPIP), Anabal Santos Júnior, apresentou as demandas e as necessidades do segmento, com foco nos desafios que precisam ser superados para o melhor aproveitamento das oportunidades no país – uma agenda mínima para o segmento.
A gerente de Petróleo, Gás e Naval do Sistema Firjan, Karine Fragoso, destacou as ações do Sistema Firjan para este ano no segmento, que inclui também um mapeamento das demandas onshore e a promoção de uma missão internacional prospectiva a Calgary, no Canadá, em junho.
Também participaram do encontro, a consulesa geral do Canadá no Rio, Cynthia Bernier, e a gerente de Desenvolvimento de Negócios e Gás, Nadine Lopes, além do gerente geral institucional da Eneva, Damian Popolo, que relatou a atuação da empresa de energia em poços terrestre no Nordeste brasileiro.
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