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Opep não pretende elevar oferta para ajustar preço

A Opep não tem intenção de aumentar sua produção a curto prazo a fim de "esfriar" os preços do petróleo - que subiram fortemente em alguns dias semana passada -, nem fará uma reunião antes da que está prevista para setembro, anunciou seu atual presidente, Mohammed Al-Hamili, durante evento

Gazeta Mercantil
09/04/2007 03:00
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A Organização dos Países Exportadores de Petróleo (Opep) não tem intenção de aumentar sua produção a curto prazo a fim de "esfriar" os preços do petróleo - que subiram fortemente em alguns dias semana passada -, nem fará uma reunião antes da que está prevista para setembro, anunciou seu atual presidente, Mohammed Al-Hamili, durante evento do setor realizado em Paris. "Até agora não temos necessidade (de nova reunião), a não ser que as coisas mudem drasticamente", declarou Al-Hamili, também ministro do Petróleo dos Emirados Árabes Unidos.

A Opep "não precisa" aumentar tampouco sua produção petrolífera, afirmou seu colega de Catar, Abdallá Al-Attiyah, cujo país é também membro da Organização. "A recente alta dos preços deve-se à situação geopolítica, e nada tem a ver com os fundamentos" do mercado (oferta e demanda), que gozam de "boa saúde", disse o presidente da Opep.

As cotações do petróleo "estão vinculadas unicamente à situação geopolítica", como as tensões do Ocidente com o Irã, e não à situação da demanda ou à oferta de petróleo, ressaltou seu colega de Catar.

Durante a reunião de março, em Viena, a Opep manteve inalterada sua cota de produção em 25,8 milhões de barris diários (mbd). Anteriormente, no final de 2006, o cartel havia reduzido a produção em 1,7 mdb com o objetivo de sustentar os preços do petróleo que caíram até US$ 50, depois de aproximar-se dos US$ 80 o barril, em julho e agosto do ano passado.

As cotações do petróleo aumentaram US$ 8 em algumas sessões em Nova York e Londres, chegando a níveis máximos em sete meses em Londres, na semana passada. "Não podemos controlar os fatores geopolíticos, e não temos nenhuma indicação de que haverá escassez de petróleo", disse Al-Attiyah. Por sua vez, Al-Hamili recusou-se a falar de um suposto preço do petróleo desejado pela Opep, embora declarações de dirigentes parecem indicar que o cartel está satisfeito com cotações petrolíferas que oscilam entre US$ 50 e US$ 60.

Fonte: Gazeta Mercantil

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