Energia

ONS manterá térmicas a gás de olho na Copa

Usinas ficarão ligadas durante todo o ano.

Valor Econômico
14/02/2013 13:16
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O Operador Nacional do Sistema Elétrico (ONS) manterá as térmicas a gás natural e carvão ligadas durante todo o ano de 2013, afirmou o diretor-geral do ONS, Hermes Chipp. O objetivo é guardar o máximo possível de água nos reservatórios das hidrelétricas para garantir o abastecimento de energia em 2014, quando o Brasil receberá a Copa do Mundo.
"A gente deve manter as térmicas ligadas o ano todo em 2013. Essa é a estratégia", disse Chipp. A informação foi publicada com exclusividade no 'Valor PRO', serviço em tempo real do 'Valor'. De acordo com o diretor-geral do ONS, não existe previsão, no curto prazo, nem para o desligamento das usinas térmicas a óleo, de custo de operação mais elevado. Chipp condicionou o eventual desligamento ao regime de chuvas. "Se as chuvas forem boas, pode-se paralisar as térmicas a óleo a partir de maio, mas as outras ficam", afirmou. Hoje, cerca de 25 térmicas a óleo e diesel estão em operação.
O objetivo do ONS é manter as térmicas a gás e carvão ligadas até novembro, quando começa o período de chuvas. "As térmicas a gás e carvão ficam durante todo o período seco, para atingir o nível-meta em novembro e garantir o abastecimento em 2014, que é um ano especial, por causa da Copa", disse Chipp.
O nível-meta é um indicador criado para assegurar o mínimo de água nos reservatórios para garantir o abastecimento elétrico do ano seguinte, mesmo se ocorrer a maior seca da história no país.
Considerando a operação plena, as térmicas a gás natural e carvão produzirão cerca de 9,6 mil MW médios ao longo de 2013, mais que o triplo do produzido por essas fontes de energia em um ano típico (sem uma grande seca ou eventos extraordinários), ou seja, cerca de 3 mil MW médios.
A produção de térmicas a gás e carvão pode ser ainda maior este ano, quando é previsto o início de operação da segunda turbina da termelétrica Pecém 1 (360 MW) e da usina Pecém 2 (360 MW), no Ceará, usinas a carvão da MPX. Também está previsto o acionamento da segunda usina da MPX no complexo termelétrico do Parnaíba (MA), dobrando a capacidade instalada para 675,2 MW.
Hoje, quase 100% da capacidade de geração de energia térmica está em operação. Levantamento feito pelo 'Valor', com dados do ONS do dia 31 de janeiro, indica que cerca de 60 usinas térmicas estão ligadas no sistema. Segundo o operador, as térmicas estão gerando aproximadamente 15 mil megawatts médios, o equivalente a um quarto do consumo de energia do país.
De acordo com estimativas da consultoria Gas Energy, a operação plena das termelétricas a gás natural e carvão terá um custo da ordem de R$ 880 milhões por mês, sendo R$ 750 milhões relativos às térmicas a gás e R$ 130 milhões para as usinas a carvão. O valor inclui o gasto com o combustível e outros custos variáveis.
Segundo o presidente do Conselho de Administração da Gas Energy, Marcos Tavares, o valor que será repassado para o consumidor a título de segurança energética dependerá do Preço de Liquidação das Diferenças (PLD) da época. Na prática, um PLD alto significa um encargo de serviços do sistema (ESS) mais baixo. E é o valor desse encargo que é repassado ao consumidor.
Tavares ressaltou que a operação plena das térmicas a gás demandará consumo de 34 milhões de metros cúbicos/dia do insumo. Com isso, a expectativa é que a Petrobras continue importando gás natural liquefeito (GNL) para atender ao mercado nacional. Atualmente, o consumo de gás do Brasil, considerando a operação plena das térmicas, é de cerca de 90 milhões de m3 por dia. Do total, pouco mais de 41 milhões de m3 são supridos pela produção nacional, e 30 milhões importados da Bolívia. O restante equivale à capacidade de importação de GNL pelo país, de 20 milhões de m3 /dia.
Tavares, porém, explicou que a Petrobras pode fazer a gestão do uso do gás natural de acordo com os preços do mercado internacional. Se o preço no exterior estiver elevado, a petroleira pode reduzir o consumo do insumo em refinarias e plantas de fertilizantes, diminuindo a necessidade de importação.
Segundo Chipp, o volume de chuvas em fevereiro está na média esperada na região Sudeste, principal reservatório do sistema, com 70% do nível de acumulação do país. O ONS espera que os reservatórios no Sudeste alcancem nível de estoque de 50% até fim do mês. Atualmente, os reservatórios das hidrelétricas da região estão em 42,1%.

O Operador Nacional do Sistema Elétrico (ONS) manterá as térmicas a gás natural e carvão ligadas durante todo o ano de 2013, afirmou o diretor-geral do ONS, Hermes Chipp. O objetivo é guardar o máximo possível de água nos reservatórios das hidrelétricas para garantir o abastecimento de energia em 2014, quando o Brasil receberá a Copa do Mundo.


"A gente deve manter as térmicas ligadas o ano todo em 2013. Essa é a estratégia", disse Chipp. A informação foi publicada com exclusividade no 'Valor PRO', serviço em tempo real do 'Valor'. De acordo com o diretor-geral do ONS, não existe previsão, no curto prazo, nem para o desligamento das usinas térmicas a óleo, de custo de operação mais elevado. Chipp condicionou o eventual desligamento ao regime de chuvas. "Se as chuvas forem boas, pode-se paralisar as térmicas a óleo a partir de maio, mas as outras ficam", afirmou. Hoje, cerca de 25 térmicas a óleo e diesel estão em operação.


O objetivo do ONS é manter as térmicas a gás e carvão ligadas até novembro, quando começa o período de chuvas. "As térmicas a gás e carvão ficam durante todo o período seco, para atingir o nível-meta em novembro e garantir o abastecimento em 2014, que é um ano especial, por causa da Copa", disse Chipp.


O nível-meta é um indicador criado para assegurar o mínimo de água nos reservatórios para garantir o abastecimento elétrico do ano seguinte, mesmo se ocorrer a maior seca da história no país.


Considerando a operação plena, as térmicas a gás natural e carvão produzirão cerca de 9,6 mil MW médios ao longo de 2013, mais que o triplo do produzido por essas fontes de energia em um ano típico (sem uma grande seca ou eventos extraordinários), ou seja, cerca de 3 mil MW médios.


A produção de térmicas a gás e carvão pode ser ainda maior este ano, quando é previsto o início de operação da segunda turbina da termelétrica Pecém 1 (360 MW) e da usina Pecém 2 (360 MW), no Ceará, usinas a carvão da MPX. Também está previsto o acionamento da segunda usina da MPX no complexo termelétrico do Parnaíba (MA), dobrando a capacidade instalada para 675,2 MW.


Hoje, quase 100% da capacidade de geração de energia térmica está em operação. Levantamento feito pelo 'Valor', com dados do ONS do dia 31 de janeiro, indica que cerca de 60 usinas térmicas estão ligadas no sistema. Segundo o operador, as térmicas estão gerando aproximadamente 15 mil megawatts médios, o equivalente a um quarto do consumo de energia do país.


De acordo com estimativas da consultoria Gas Energy, a operação plena das termelétricas a gás natural e carvão terá um custo da ordem de R$ 880 milhões por mês, sendo R$ 750 milhões relativos às térmicas a gás e R$ 130 milhões para as usinas a carvão. O valor inclui o gasto com o combustível e outros custos variáveis.


Segundo o presidente do Conselho de Administração da Gas Energy, Marcos Tavares, o valor que será repassado para o consumidor a título de segurança energética dependerá do Preço de Liquidação das Diferenças (PLD) da época. Na prática, um PLD alto significa um encargo de serviços do sistema (ESS) mais baixo. E é o valor desse encargo que é repassado ao consumidor.


Tavares ressaltou que a operação plena das térmicas a gás demandará consumo de 34 milhões de metros cúbicos/dia do insumo. Com isso, a expectativa é que a Petrobras continue importando gás natural liquefeito (GNL) para atender ao mercado nacional. Atualmente, o consumo de gás do Brasil, considerando a operação plena das térmicas, é de cerca de 90 milhões de m3 por dia. Do total, pouco mais de 41 milhões de m3 são supridos pela produção nacional, e 30 milhões importados da Bolívia. O restante equivale à capacidade de importação de GNL pelo país, de 20 milhões de m3 /dia.


Tavares, porém, explicou que a Petrobras pode fazer a gestão do uso do gás natural de acordo com os preços do mercado internacional. Se o preço no exterior estiver elevado, a petroleira pode reduzir o consumo do insumo em refinarias e plantas de fertilizantes, diminuindo a necessidade de importação.


Segundo Chipp, o volume de chuvas em fevereiro está na média esperada na região Sudeste, principal reservatório do sistema, com 70% do nível de acumulação do país. O ONS espera que os reservatórios no Sudeste alcancem nível de estoque de 50% até fim do mês. Atualmente, os reservatórios das hidrelétricas da região estão em 42,1%.

 

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