Ferramenta de última geração

OGX faz levantamento sísmico de blocos na Bacia de Campos

Mais nova companhia petrolífera brasileira, a OGX inicia este mês o levantamento sísmico dos sete blocos sob sua concessão na Bacia de Campos, localizados próximos aos campos de Polvo (operado pela Devon Energy), Peregrino (HydroBrasil/Statoil), Maromba e Papa-Terra (Petrobras). Para isso vai u

Redação
05/09/2008 13:25
OGX faz levantamento sísmico de blocos na Bacia de Campos Visualizações: 95

Mais nova companhia petrolífera brasileira, a OGX inicia este mês o levantamento sísmico dos sete blocos sob sua concessão na Bacia de Campos, localizados próximos aos campos de Polvo (operado pela Devon Energy), Peregrino (HydroBrasil/Statoil), Maromba e Papa-Terra (Petrobras). Para isso vai utilizar um dos mais modernos navios de sísmica do mundo, o Ramform Valiant, da GPS.

 

Dotado de posicionamento dinâmico, autonomia de 110 dias e capacidade para até 20 cabos – aumentando a eficiência do levantamento sísmico – o navio partiu do Rio para a Bacia de Campos esta semana, com a tarefa de realizar, nos próximos dois meses, a sísmica de uma área total de 2,136 mil km². O início do trabalho faz parte da estratégia da OGX, criada em julho de 2007, que prevê iniciar as perfurações dos primeiros poços em setembro de 2009.

 

Por isso mesmo atraiu o interesse dos analistas do mercado financeiro convidados para visitar o navio, juntamente com a reportagem da TN Petróleo, em uma visita que foi acompanhada pelo presidente da OGX, Rodolfo Landim, Francisco Gros, vice-presidente do conselho, o diretor de Produção e Desenvolvimento, Reinaldo Belotti, e o diretor financeiro e de Relações com Investidores, Marcelo Faber Torres.

 

Potencial conhecido

 

Os blocos da OGX na Bacia de Campos estão em áreas adjacentes a campos com reservas substanciais, entre provadas, prováveis e possíveis, como Polvo (aproximadamente 285 milhões de boe), Peregrino (em torno de 500 milhões de boe), Papa-Terra (700 milhões de boe) e Maromba (245 milhões de boe). Parecem pequenos perto do gigantismo do pré-sal, mas são reservatórios atraentes para qualquer companhia de petróleo.

 

Na realidade, estes blocos estão em uma área na qual a Petrobras já perfurou poços no passado, encontrando indícios de petróleo, que, na época não apresentavam condições de comercialidade. Assim o diretor de Produção e Desenvolvimento da petroleira, Reinaldo Belotti, explica porque a expectativa da empresa é iniciar a produção de óleo na área já em 2011, sem ainda ter perfurado um único poço. E é de 2,5 bilhões de boe o volume de óleo que a empresa espera encontrar, levando em consideração um Estudo de Viabilidade elaborado pela DeGolyer & MacNaughton, sobre os Recursos Potenciais Riscados Líquidos da OGX nestes blocos. A OGX é a operadora de cinco (100%) dos sete blocos da Bacia de Campos, sendo os outros dois operados pela sócia Maersk (50%).

 

Cronograma abrangente

 

Belotti afirma que logo após a perfuração do primeiro poço na Bacia de Campos, a empresa vai para a Bacia de Santos, uma vez que está reprocessando os dados sísmicos sobre esta área adquiridos da CGG Veritas. A empresa é operadora nos quatro blocos próximos à área de Mexilhão, que foram adquiridos na nona rodada de licitações da Agência Nacional de Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (Anp), realizada no ano passado. A petroleira tem ainda 50% em um quinto bloco, com cerca de 800 km², adquirido por meio de processo de Farm-in, mas que ainda está sujeito a aprovação da Anp, o qual deverá deliberar com todo cuidado, uma vez que há informações de que estaria numa área do pré-sal, onde a Petrobrás localizou jazidas gigantes.

 

As atividades de sísmica vão começar também no Espírito Santo, em uma área de 1,9 mil km², que abrange os cinco blocos sob sua concessão, nos quais perfurações passadas indicaram a presença de petróleo leve na região. Estes blocos, no qual a OGX detém 50%, são operados pela sócia Perenco (que tem os outros 50%). Isto se deve ao fato da OGX, que estreou última rodada, não ter obtido qualificação A (que é a da Perenco), que habilita uma empresa a operar em qualquer bloco oferecido naquele leilão. Como operadora B, está qualificada a operar apenas em blocos situados em águas rasas e em terra.

 

Situação que a empresa pretende mudar nos próximos leilões, com uma programação exploratória abrangente: ela já requereu ao Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama) a Licença de Pesquisa Sísmica (LPS), para três dos cinco blocos que controla (100%) na Bacia Pará-Maranhão. Uma vez que a qualificação A é dada a quem acumula experiência comprovada em qualquer condição de profundidade, a OGX quer começar a marcar pontos o quanto antes, apostando no time de profissionais que “prospectou” na Petrobras: do presidente, Rodolfo Landim, aos diretores de Operações e E&P, Paulo Mendonça, a Belotti e outros profissionais que integraram o time da estatal em uma das mais bem sucedidas campanhas exploratórias de todos os tempos. Sem contabilizar ainda o pré-sal. Mas isto é outra história...da qual a OGX quer fazer parte.

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